A situação política está evoluindo no sentido de uma polarização crescente.
Por um lado, a direita pró-imperialista com o governo ilegítimo de Jair Bolsonaro (PSL) – em meio a uma aguda crise – busca intensificar os ataques contra os explorados no Brasil – com a “reforma” da Previdência – e no exterior, com sua política de capacho dos EUA, apoiando o golpe contra o povo venezuelano.
Por outro lado, a classe trabalhadora dá sinais de evolução no sentido da reação contra os golpistas, por meio da superação parcial da política das direções da esquerda que pregam a colaboração e capitulação diante do governo fascista de Bolsonaro e esboça uma reação, como se vê na vê, por exemplo, nas greves dos servidores municipais e dos operários da Ford e nas manifestações contra a “reforma” da Previdência, no último dia 20.
O movimento de luta contra os golpistas tomou algumas iniciativas importantes no sentido de impulsionar uma mobilização. Destaca-se a realização, no dia 16 de março, em São Paulo, da Plenária Nacional Lula Livre, que visa reunir milhares de ativistas para discutir e deliberar sobre a campanha em defesa da liberdade de Lula e organizar os atos em todo País, por ocasião da passagem de um ano da prisão do ex-presidente, em 7 de abril.
Vai crescendo a compreensão no interior das organizações populares, de que a liberdade de Lula é uma questão chave para a luta pelas conquistas dos trabalhadores e pelos direitos democráticos da população. A figura do ex-presidente consegue concentrar amplos setores da população, amplos setores de esquerda, e os unificar em torno da luta contra o Golpe, sendo a luta pela sua liberdade uma questão fundamental para a luta dos explorados contra o regime golpista e seus ataques.
Para ajudar a impulsionar esta perspectiva e a compreensão de que é preciso uma mobilização revolucionária para libertar lula e derrotar os golpistas, o Partido da Causa Operária (PCO) e os Comitês de Luta contra o Golpe se somam ã essa iniciativa, participando da sua convocação, ao mesmo tempo comunicam que está sendo organizada também a 2ª Conferência Nacional Aberta de Luta contra o Golpe e o Fascismo, a ser realizada nos dias 25 e 26 de maio.
Trata-se de fazer um balanço de toda a etapa de lutas desde a I Conferência (em julho de 2018), que inclui as eleições fraudadas (sem a participação de Lula), os primeiros meses do governo ilegítimos de Bolsonaro e todo o período atual e de aprovar eixos políticos e organizativos para impulsionar a necessária mobilização revolucionária contra o golpe.
A Conferência, visa debater um programa e uma orientação política coletiva para este movimento decisivo. Um plano de ação que sirva para fortalecer o trabalho dos Comitês e unificar as lutas dos explorados em todo o País, tendo como eixo a luta pela liberdade de Lula e pelo Fora Bolsonaro!
Todos os setores de esquerda, todas as organizações populares e todos os movimentos sociais que sentem a necessidade de uma ação eficaz contra o Golpe de Estado, serão convidados a se somarem à essa iniciativa, como ocorreu no ano passado, quando participaram da I Conferência, centenas de representantes dos Comitês espalhados por todo o País, dirigentes e militantes do PCO e do PT, de grandes organizações sindicais (como a CUT, APEOESP etc.) e dos mais diversos movimentos de luta dos explorados.