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Cervejaria Petrópolis: Lava Jato quer destruir mais uma empresa

A Polícia Federal, em nome da Operação Lava Jato, atacou mais uma empresa brasileira nesta quarta-feira (31). É a 62ª fase da operação que já quebrou construtoras, paralisou a Eletronuclear (responsável pelo desenvolvimento do programa nuclear brasileiro e nosso primeiro submarino nuclear, que patrulharia o nosso Pré-Sal) e prejudicou a Petrobras para favorecer a entrada de empresas estrangeiras na exploração do nosso petróleo e na distribuição do combustível que passamos a ter de importar dos Estados Unidos.

O novo alvo da Lava Jato é um cervejaria, não a Ambev (ou InBev), claro, do João Paulo Lehmann, de nacionalidade suíça, patrono da deputada Tábata Amaral, do PDT(que se fez de esquerda, mas votou a favor do golpe contra a aposentadoria dos brasileiros), que fabrica marcas como Brahma, Antarctica e Skol, e também patrocinou o golpe contra Dilma, financiando aquelas patifarias que fizeram dancinha nas avenidas vestindo camisas da seleção, do tipo “Vem pra Rua” e “revoltados online”, a coreografia do golpe para a recolonização do Brasil.

O alvo é justamente o concorrente que incomoda, o dono da Cervejaria Petrópolis, que fabrica e distribui marcas como Petra, Itaipava, Crystal, Cacildis e o energético TNT.

O grupo tem sete fábricas em cinco estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Pernambuco e Mato Grosso.

Segundo a PF, esta nova etapa mira o pagamento de propinas disfarçadas de doações eleitorais e operações de lavagem de dinheiro feitas pelo Grupo Petrópolis. Segundo a investigação, o Grupo Petrópolis teria auxiliado a Odebrecht a pagar propina através da troca de reais no Brasil por dólares em contas no exterior.

A PF quer prender o presidente da empresa, Walter Faria, que ainda não havia sido localizado até o momento em que  fechávamos esta edição. Foram expedidos um mandado de prisão preventiva, cinco mandados de prisão temporária e 33 mandados de busca e apreensão. Até agora três pessoas foram presas.

As investigações do Grupo Petrópolis pela Lava Jato vêm desde 2016: uma planilha com nomes de políticos e referência à cerveja Itaipava foi achada na casa do executivo da construtora Odebrecht Benedicto Junior. Segundo delação do executivo, a construtora utilizou o Grupo Petrópolis para realizar doações de campanha eleitoral para políticos de outubro de 2008 a junho de 2014. Mas após a quebra do sigilo bancário dos investigados, notou-se que contas ligadas a Faria no exterior continuaram sendo movimentadas em 2018 e 2019.

Em setembro de 2017, Walter Faria entregou à Polícia Federal planilhas com informações sobre repasses da empresa a políticos a pedido da Odebrecht. De acordo com os documentos, 255 doações foram realizadas nas campanhas de 2010 e de 2012, somando mais de R$ 68 milhões

Cervejaria brasileira não pode molhar a mão de políticos. Estrangeiros, como a Siemens ou a Alstom, podem, bancos também estão liberados.

A Lava Jato sempre pega a indústria nacional. Não pega grupos estrangeiros, não pega o setor financeiro, nem monopólios da comunicação. Especificamente, ataca a indústria nacional, que atinge interesses de grandes monopólios internacionais.

A investigação ainda aponta que Faria usou contas na Suíça para intermediar o repasse de mais de 3 milhões de dólares de propina relacionadas aos contratos dos navios-sonda Petrobras 10.000 e Vitória 10.000 e, segundo o MPF, a construtora fazia ampliações em fábricas da cervejaria com obras sub faturadas.

Em São Paulo, foram cumpridos mandados em Boituva, Fernandópolis, Itu, Vinhedo, Piracicaba, Jacareí, Porto Feliz, Santa Fé do Sul, Santana do Parnaíba e São Paulo. Também foram cumpridos mandados em Cuiabá (MT), Cassilândia (MS), Belo Horizonte (MG), Petrópolis e Duque de Caxias (RJ).

Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba para serem cumpridos pela PF em 15 cidades diferentes. A nova fase foi batizada de Rock City. É a segunda vez que a Lava Jato adota um nome em inglês para suas operações, nem disfarça mais.

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