Da redação – Na madrugada desta segunda-feira (15) aproximadamente mil trabalhadores ocuparam a sede da Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Ceará (SDA/CE). Os ativistas reivindicam a desapropriação das áreas rurais ocupadas no estado, que abrigam quase 3 mil famílias, além de infraestruturas para os assentamentos, construção de escolas do campo, projetos produtivos, entre outros intentos.
No âmbito nacional incorporam a defesa da reforma agrária, a luta contra a Reforma da Previdência e contra os ataques aos direitos da classe trabalhadora.
Neidinha Lopes, uma das coordenadoras do Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), explica que a jornada nacional de lutas em defesa da reforma agrária acontece justamente num momento de grande crise do capitalismo, que é o responsável direto da retirada até dos diretos mais básicos do povo, como o direito de plantar e de viver com dignidade.
“A situação dos acampados nas zonas rurais também é grave no estado”, segundo Francisca Maria, moradora do acampamento Júlio Campos/Oiticia, em Quixeramobim. Ainda de acordo com ela, há um processo de negociação junto ao governo do estado, que não teve avanço.
É importante salientar que nenhum processo terá avanço mesmo, uma vez que o judiciário está sob controle dos militares e que ambos estão à serviço do imperialismo, que financiou o golpe de Estado justamente para entregar toda riqueza nacional para o capital financeiro e para o tubarões imperialistas.
Uma vez que as instituições estão todas aparelhadas pelos golpistas é de extrema importância que as organizações de esquerda no campo se organizem, criando comitês de autodefesa agrária e de luta contra o golpe para se proteger dos ataques fascistas à serviço dos latifundiários e dessa forma não recuar e sim expandir as ocupações.