Da redação – Quando a Polícia Civil finalmente prende os prováveis responsáveis pela morte de Marielle Franco, nesta terça-feira (12), após um ano de investigações, o que vemos é uma série de indícios que apontam para o possível envolvimento da família Bolsonaro com a morte da vereadora.
Para aumentar os questionamentos sobre a isonomia do caso, o delegado responsável pelas investigações que culminaram na prisão dos acusados acaba de ser afastado da função de delegado (e automaticamente do caso Marielle) pelo governador bolsonarista do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). Isso aconteceu após o delegado Giniton Lages publicizar os fatos da morte de Marielle que apontam para uma provável relação de proximidade com Bolsonaro, como, por exemplo o fato de o assassino, Ronnie Lessa, morar no mesmo condomínio que Jair Bolsonaro, e de sua filha ter namorado um dos filhos do presidente fascista .
Segundo Witzel, o delegado “está esgotado” e, portanto, foi “convidado” pelo Governador para ser afastado da função e ir para a Itália em razão de um intercâmbio com a Polícia Italiana. Porém, estranha-se, entre tantos acontecimentos, a quantidade de fatos que já se relacionam. A posição bolsonarista de Witzel, o cansaço do delegado Lages (anunciado pelo Governador e não por ele próprio) após uma operação tão importante e o envolvimento da família Bolsonaro com os milicianos e os assassinos de Marielle, embora ainda a investigação ainda não esteja concluída, podem não ser meras coincidências.