Essa quinta-feira foi o segundo grande ato nacional de massas contra Bolsonaro, tomando como mote os ataques à educação mas exigindo não apenas o fim desses ataques, mas o fim do governo em si, após os grandes atos do dia 15 de maio, quando mais de um milhão de pessoas foram às ruas de todo o País.
Em São Paulo, milhares de pessoas (no mínimo, 10 mil) caminharam do Largo da Batata – onde começou o ato – até a Avenida Paulista, totalizando 4,7 quilômetros de marcha, que passou pela Avenida Brigadeiro Faria Lima e pela Avenida Rebouças, antes de chegar ao destino final.
Não somos mais aquele país onde a maioria sequer sabia a importância da educação. Crescemos, sabemos o que importa e o que queremos.
O ato em São Paulo tá assim, e não para de chegar gente.
Vídeo de Mauricio Pisani#30mpelaeducacao #tsunamidaeducação #bolsonaro pic.twitter.com/FSrZDwWWNt— Jornalistas Livres (@J_LIVRES) May 30, 2019
Desde o meio da tarde os militantes, estudantes e trabalhadores já se aglomeravam no local, na zona oeste da cidade. Faixas, cartazes, bandeiras e balões de partidos e organizações sindicais e populares forravam o Largo da Batata. O PCO compareceu em peso, com sua barraquinha de produtos e seus militantes vendendo o jornal Causa Operária e distribuindo os panfletos e adesivos pelo Fora Bolsonaro e Liberdade para Lula.
Já no final da tarde, quando o ato começou oficialmente, milhares de pessoas se encontravam no local. A União Nacional dos Estudantes (UNE) abriu uma grande faixa.
Após um tempo, o ato seguiu em marcha em direção à Avenida Paulista, sempre com forte presença da polícia fascista preparada para reprimir os manifestantes.
Durante a caminhada, muitos dos presentes gritavam as palavras de ordem Fora Bolsonaro e Lula Livre, ou algo semelhante, como “Ei, Bolsonaro, vai tomar no c*u”. Também, muitos motociclistas, pedestres e mesmo motoristas que passavam próximos à marcha prestaram seu apoio. A reportagem da Causa Operária TV que esteve no local viu uma motociclista acenando com um “L” na mão, em referência à liberdade do ex-presidente.
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Os organizadores do ato, como de costume, tentaram impedir que uma democracia operária fosse plenamente estabelecida, ou seja, que todos os que quisessem falar ao microfone realmente o fizessem, e tentaram mesmo (alguns) abafar o clamor popular pelo Fora Bolsonaro. No entanto, muitas das organizações participaram do coro “Fora Bolsonaro” durante o ato.
Ficou claro que o ato em São Paulo – assim como na maior parte do País – foi bem maior do que os atos coxinhas do último domingo, que levaram muito menos gente, embora os organizadores tenham dado números aberrantes como 500 mil pessoas.
O ato em São Paulo demonstrou que a tendência popular é a luta pelo Fora Bolsonaro e a esquerda precisa levantar essa palavra de ordem – que já está na boca do povo – para ir para cima do governo e derrubá-lo.