Antes que se pudesse comemorar a liberdade de Preta Ferreira, líder de um movimento de sem teto que estava presa há mais de 100 dias sem que se soubesse sequer o motivo, a direita pratica outra arbitrariedade. Janice Pereira da Silva, a Preta, foi solta, mas em seguida, a vereadora do PT de São Paulo, Juliana Cardoso foi presa!
Preta, que é apresentadora do Boletim Lula Livre, estava presa com outros dois líderes do movimento por moradia. A justiça finalmente acatou um Habeas Corpus, que deliberou pela liberdade dos ativistas para esta quinta-feira, dia 10 de outubro. No entanto, a vereadora Juliana Cardoso e familiares de Preta foram abordados pela PM, quando estavam juntos em um carro, acompanhando a soltura. Juliana Cardoso e os familiares de Preta ficaram detidos por mais de duas horas, em plena rua no centro de São Paulo. De acordo com Cardoso, além da truculência, os policiais sequer levaram em consideração o fato dela ser vereadora. Finalmente, a PM “liberou” a vereadora e os demais.
Vemos em ambos os casos a completa arbitrariedade da direita. O caso de Preta Ferreira e dos demais ativistas já era muito grave; no entanto, a prisão de Juliana Cardoso, vereadora do PT da maior cidade do País, mostra o aumento da repressão não só ao PT, mas à toda a esquerda. Nos dois casos temos o judiciário perseguindo lideranças de esquerda.
Devemos denunciar duramente este ataque da direita. A perseguição da esquerda por parte do regime político golpista é implacável, e mostra que os sindicatos, partidos e movimentos sociais devem se mobilizar, deixando de lado qualquer ilusão com as instituições, cada vez mais carcomidas pelo golpe.