O decreto imposto pelo presidente golpista e ilegítimo, Jair Bolsonaro, na última terça-feira, 8, facilitando o porte de armas para determinados setores da sociedade evidenciou a farsa e a demagogia da política defendida pela extrema-direita de liberação do armamento. O decreto, na prática, é extremamente limitado e amplia o acesso às armas a um setor minoritário da sociedade, parte do qual já se encontra armado. Trata-se, em sua maioria, da base social que compõe o bolsonarismo, categorias ligadas aos órgãos de repressão, como é o caso dos funcionários de empresas de segurança, agentes públicos da área de segurança, agente de trânsito, entre outros.
O decreto demonstra que nem Bolsonaro, tampouco a extrema-direita, nunca quiseram armar o povo de verdade, o discurso não passava de demagogia barata. A extrema-direita sempre quis fortalecer o armamento de seus próprios setores, sua própria base, os chamados “cidadãos de bens” uma forma de ampliar ainda mais a repressão do regime golpista contra a população.
O direito ao armamento de todo o povo é um direito democrático e a única organização que defende de maneira consequente esse direito é o partido revolucionário, o PCO.
O armamento dos setores populares, das organizações de esquerda, dos sindicatos, como a CUT, dos movimento sociais, como o MST, constitui uma medida necessária de defesa dos ataques da direita fascista e uma ameaça à política de terror imposta pela extrema-direita e a direita golpista contra toda a população.
O direito ao armamento de todo povo é reivindicação democrática fundamental e uma política a ser defendida por todos os querem impor uma derrota ao grande capital e seu aparato repressivo, que não cederam com discursos e “convencimento” mas somente diante da força da classe trabalhadora, organizada e mobilizada, pelos meios que forem necessários.