O SINDMOTORISTAS (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte rodoviário Urbano de São Paulo), não paralisou nesta última sexta-feira durante a greve geral. Mesmo diante os fortes ataques que a população trabalhadora vem sofrendo, o presidente do sindicato, Valdevan Noventa, barrou a paralisação dos rodoviários.
Valdevan é deputado federal de São Paulo pelo direitista PSC (Partido Social Cristão), partido que foi de Bolsonaro antes do PSL e que ainda faz parte da base do governo golpista. O SINDMOTORISTAS pertence à UGT (União Geral dos Trabalhadores), uma central sindical patronal ao estilo da Força Sindical. Sendo simplesmente uma organização que conta apenas com um aparato burocrático, essas chamadas “centrais” não possuem militantes de fato e precisam contratar figurantes para encher os comícios e as manifestações.
Portanto, não é de interesses participar de um ato como o do dia 14, primeiro pelo fato de não possuírem militantes, fato que fica evidente em atos políticos onde a participação dos partidos de esquerda e da CUT é preponderante, segundo porque funcionam como um fator de confusão na luta de classes. O apoio que dão às greves é falso, quando “organizam” greves em seus setores, estas são propositalmente despolitizadas e altamente controladas.
A contradição entre ser um sindicato e ter um presidente do PSC, partido de direita por onde passou Bolsonaro, se dá na existências desses sindicatos patronais cujo maior exemplo é a Força Sindical. Que até pouco tempo atrás fazia o 1º de Maio com financiamento de bancos e da FIESP. O presidente, Paulinho da Força, deputado federal pelo Solidariedade fez uma forte campanha pelo impeachment da Dilma junto aos seus aliados da FIESP.
Alianças entre a CUT e esses sindicatos só servem para frear as mobilizações e despolitizar o movimento, como fizeram na sexta (14), onde tentavam ocultar as manifestações pela liberdade de Lula e pelo fora Bolsonaro.