O candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro, e seu partido, o PSL, que assumirá no ano que vem com a segunda maior bancada do Congresso Nacional, foram os que mais apoiaram o governo golpista de Michel Temer, votando a favor de todas as medidas que retiraram direitos da classe trabalhadora brasileira e da população mais pobre do país.
Bolsonaro e seus partidários ajudaram a aprovar a Reforma Trabalhista, que acabou com 100 itens da CLT e obriga os trabalhadores a aceitarem o contrato de trabalho sem direitos. Além disso, o partido do Bolsonaro votou pela terceirização irrestrita, o Teto dos Gastos contra a saúde e a educação por 20 anos e a entrega do patrimônio do povo brasileiro às empresas estrangeiras, como é o caso do Pré-Sal.
Na votação do Teto de Gastos, que corta o dinheiro para educação e saúde, Bolsonaro teve o atrevimento de fazer um vídeo defendendo a proposta após participar do banquete de Temer, que custou R$ 35 mil aos cofres públicos.
Os parlamentares do partido de Bolsonaro, incluindo ele próprio, votaram a favor de 75 propostas de interesse de Temer e seus aliados golpistas.
Bolsonaro e seu filho, Eduardo Bolsonaro, foram favoráveis a acabar com o direito a férias de 30 dias, acabar com a pausa de uma hora de almoço e de permitir que o acordado pelo patrão valha mais que a lei trabalhista.
Bolsonaro, que se diz tão patriota, e todos os deputados do seu partido votaram pela entrega para os estrangeiros da maior riqueza brasileira descoberta no último período, o petróleo do pré-sal.
As reformas de Michel Temer, o corte de gastos e a entrega das riquezas nacionais são uma derrota econômica sem precedentes para o povo brasileiro e mostram para que foi dado o golpe de Estado no Brasil.
O governo golpista é profundamente reacionário e Jair Bolsonaro é um representante dessa política, inclusive no já utilizado uso das Forças Armadas em “toda e qualquer hipótese de desordem” .
A burguesia brasileira espera o melhor momento para aprofundar o golpe impondo um governo ainda mais duro contra a população. Para a classe operária a única saída continua sendo a luta para derrotar o golpe de Estado, derrotando a direita golpista e seus planos a serviço do imperialismo, que quer impor uma escravidão ainda maior ao povo brasileiro, principalmente ao trabalhadores.
Bolsonaro é a continuação de Temer. Ele diz que vai “renovar” a política mas seu programa é a destruição do Estado nacional e das garantias trabalhistas, uma política de ataques aos trabalhadores e à população em geral.