A professora Rosimary Lopes, 60, poderia estar aposentada há pelo menos um ano e três meses, foi quando deu entrada no pedido junto à Secretaria da Educação do Estado (SEC). Em janeiro, foi a última vez que o processo se moveu. Parou na chamada Coordenação de Afastamento Definitivo, mas, de lá para cá, parece inerte.
O processo de Rosimary é um dos 1.227 pedidos de aposentadoria de professores que estão em análise pela SEC. Mas a fila, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (APLB-Sindicato), é muito maior: passaria de seis mil profissionais.
A vida dos professores e demais trabalhadores está cada dia mais dificil. A reforma da CLT deixou a vida dos educadores ainda mais complicada. A cada dia um novo direito é cassado pelo governo golpista, e a exemplo dos demais setores da sociedade, os grandes banqueiros querem que os educadores trabalhem até a morte.
Um estudo revelou que 59% dos educadores com depressão não têm acompanhamento médico regular, o excesso de trabalho é um dos vilões. A maioria dos professores tem dupla ou tripla jornada de trabalho, muitas vezes ultrapassando 11 horas de trabalho com aluno e isso certamente não é recomendável e muitos não conseguem se aposentar como.
Contra esta política, é preciso mobilizar a categoria, junto com toda a comunidade escolar, por meio da formação de Comitês Contra Golpe em todas as escolas públicas.