Da redação – Esta semana aconteceu a Assembleia Geral da ONU. Um dos temas das falas dos presidentes que participaram da Assembleia foi a Venezuela. O presidente dos EUA, Donald Trump, subiu à tribuna para, entre outras coisas, pedir “ajuda” para “restaurar a democracia” na Venezuela. O capacho do imperialismo que está governando a Argentina, Maurício Macri, foi mais longe, dizendo que a Venezuela é uma “ditadura” em que seriam cometidos “crimes contra a humanidade”.
Macri prometeu também que “a Argentina levará à Corte Penal Internacional a situação” da Venezuela. Além da Argentina, outros quatro países da região vão participar da ação: Colômbia, Peru, Paraguai e Chile. Todos sob o domínio de governos servis aos interesses do imperialismo. A alegação, de crimes contra a humanidade, inclui uma acusação de que teriam sido cometidas 8 mil execuções extrajudiciais, número que ninguém sabe de onde teria saído.
O dossiê em que as acusações se apoiam foi elaborado pela Organização dos Estados Americanos (OEA), organização completamente submissa aos norte-americanos. Um processo desse tipo pode servir de desculpa para uma invasão da Venezuela. O governo dos EUA não reconhece a corte em Haia, recentemente o conselheiro de Segurança Nacional de Trump, John Bolton, declarou que para os EUA a corte “está morta”. No entanto, embora os EUA não reconheçam a legitimidade da corte para interferir na política norte-americana, ela certamente poderá servir para fornecer um pretexto contra a Venezuela.
Depois de quase duas décadas tentando derrubar o governo venezuelano, desde 2002 com a tentativa fracassada de tirar Hugo Chávez do governo, o imperialismo começa a fazer uma série de gestos que indicam uma possível invasão do país. Uma invasão que seria realizada indiretamente, por meio de outros países da região, o que poderia incluir até o Brasil. Todas as outras tentativas do imperialismo de derrubar o governo falharam, incluindo sabotagem econômica, tentativa de assassinar o presidente Nicolás Maduro, greves patronais, boicotes eleitorais, campanha de desabastecimento e sanções econômicas.