Na última quinta-feira (01), cinco universitárias foram presas pela Guarda Municipal de Dourados/MS por estarem colocando cartazes e realizando pichações em muros e pontos de ônibus com denúncias disparadas contra o futuro presidente fascista, Jair Bolsonaro.
Algumas das frases escritas eram “Ele não me representa”, “Lutar não é crime”, “Nossa luta não acaba nas eleições” e “Esmagando o fascismo, mulheres em luta construindo um mundo novo”, e o ato foi considerado como de “vandalismo” pelas autoridades locais, servindo de pretexto para enquadrar as jovens em algum tipo de crime ou contravenção penal e para, assim, encarcerá-las.
Trata-se de mais uma amostra de quão opressiva e retrógrada é a instituição da polícia, tanto a civil quanto a representada pelas guardas municipais e, obviamente, a militar, ao pretender a todo tempo criminalizar a liberdade de expressão e a liberdade de comunicação que o povo deveria poder exercer através dos locais coletivos do meio urbano, como ruas, praças, muros e pontos de ônibus. A prisão é apenas uma desculpa para calar a crítica e censurar as classes dominadas diante dos desmandos de quem tem dinheiro e precisa subjugar o povo para se manter rico.
Este é o reflexo do aprofundamento do golpe de 2016, que serviu para usurpar o poder de políticos da esquerda e entregá-lo para os capitalistas e especuladores financeiros, exploradores do povo. Quanto mais controle a classe dominante tiver do regime, maiores serão a repressão e o número de prisões contra quem se insurgir contra ele.
É necessário unir forças e organizar amplas mobilizações do povo contra a burguesia imperialista, que, como se vê, está esmagando a população brasileira e pretende agravar a situação no ano que vem.
Para isso, é preciso organizar os comitês de luta contra o golpe e formar comitês de autodefesa da população oprimida contra a extrema-direita e os golpistas.