Apesar das ilusões eleitorais e democráticas da esquerda, de que o voto é a única solução para a situação de repressão e esmagamento dos direitos da população imposta pela direita, os golpistas se articulam para impedir a participação popular, ou seja aprofundar ainda mais o golpe de estado que foi dado há dois anos atrás contra a presidenta Dilma, eleita pela maioria da população.
A cassação totalmente arbitrária do direita à candidatura da principal liderança popular do país, o ex-presidente Lula, a sua prisão, também ilegal, sem provas, a tentativa dos golpistas de calar a esquerda, impedindo que seus partidos façam campanha, prendendo e usando da força contra aquelas pessoas que se manifestam contra o golpe e em defesa de Lula, como foi o caso da coordenadora do Acampamento Marisa Letícia em Curitiba e de outras pessoas, ativistas e militantes que foram duramente reprimidos enquanto se manifestavam, ou seja, tais fatos demonstram que as eleições são uma completa farsa.
O golpe tem intensificado a polarização política no país. As medidas nefastas dos golpistas têm feito com que uma parcela expressiva do povo se desloque à esquerda, o imenso apoio a Lula é uma prova concreta desse fato. Tendo consciência disso, os golpistas agem para intensificar a arbitrariedade no país, a ditadura contra o povo. As medidas do TSE, por exemplo, impedindo Lula de se candidatar, até mesmo de aparecer nos programas eleitorais do seu partido, evidenciam a ditadura que está sendo imposta. Os generais golpistas já vieram a público, novamente, ameaçar o povo com um golpe militar, diante dos crescimento do apoio a Lula.
Nesse sentido, apostar todas as fichas no caminho das eleições é fazer o jogo da direita, é dançar conforme a música dos golpistas, é se submeter ao golpe, à fraude. A única maneira de impor uma derrota aos golpistas é por meio da mobilização popular, da luta contra o golpe contra a direita. Em defesa da candidatura do ex-presidente Lula, de sua liberdade.