O Partido dos Trabalhadores e sua coligação eleitoral vinha anunciando uma frente democrática, com outros partidos, capaz de fazer oposição a Bolsonaro, contra a imprensa golpista e contra toda a campanha da direita.
Seria uma frente capaz de reverter a derrota do 1º turno e levar Fernando Haddad para uma vitória no segundo turno, levando o petista à presidência da república. Mas tal frente não vingou e o que está acontecendo na realidade é uma debandada de políticos acostumados a trair qualquer um por qualquer motivo.
O caso mais escandaloso é do PDT do Ciro Gomes e de seu irmão, o agora famoso Cid Gomes, que em uma atividade de apoio à Haddad teve a coragem de falar para o público petista que o PT estava errado, que deveria assumir seus erros e que será derrotado no 2º turno.
Já Ciro Gomes fez um “apoio crítico” à Fernando Haddad, em um “apoio” que sobrou mais crítica. Isso sem levar em consideração que em um momento gravíssimo pelo qual o Brasil está passando, Ciro resolveu viajar para a Europa, em uma demonstração clara de que não está minimamente preocupado com Haddad.
O PT tentou fazer uma frente e até se deslocou bastante à direita, negando reivindicações antigas, como a legalização do aborto e apoiando as medidas fascistas de Sérgio Moro. Buscou apoio de uma ala dos tucanos, até FHC foi cogitado como apoio, mas no fim das contas os partidos da burguesia estão deixando Haddad sozinho e não se colocam francamente contra Jair Bolsonaro.