Da redação – As eleições desse ano são uma fraude. O principal candidato, Lula, estará fora das urnas. Com isso, a direita começa a operação para apresentar um governo ilegítimo, com um programa ilegítimo, como se fosse uma escolha do povo e fruto de uma genuína votação. Para a direita a manobra consiste em eleger um capacho do mercado financeiro. Entre as opções, Jair Bolsonaro não é o preferido, pelos problemas que traria sendo um governo de crise desde o começo apesar da manobra eleitoral. No entanto, caso seja eleito, os donos do regime político não hesitariam em apoiar seu governo contra os trabalhadores. Com direito a um Chicago Boy no comando da economia, Paulo Guedes.
Outra possibilidade, nesse caso, é que o “Temer” de Bolsonaro acabe assumindo o governo. Seria um golpe militar perfeito, respaldado por uma suposta eleição. O general Hamilton Mourão, vice de Bolsonaro, assumiria o governo. Como fez o general Abdel Al-Sisi no Egito, que depois do golpe em 2014 se “elegeu”. Um cenário dos sonhos para a direita golpista.
Entretanto, o general parece ter se mostrado um pouco afoito depois que seu candidato sofreu um suposto atentado no dia 6. Segundo reportagem do Ig, o general teria pedido ao TSE para substituir Bolsonaro nos debates e na campanha, enquanto ele está hospitalizado. A reportagem afirma que Mourão não teria consultado Bolsonaro. Ou seja, o vice estaria se adiantando e demonstrando sua disposição golpista antes mesmo das eleições.
A situação política depois do golpe é marcada por uma forte presença dos militares. O general Villas Bôas intimidou o Judiciário para manter Lula preso e depois para tirá-lo das eleições. Além disso, com o pretexto de manter a “segurança pública”, o Exército ocupa o Rio de Janeiro e já ocupou outros estados. Dentro do governo, outro general, Sérgio Etchegoyen demonstrou em momentos de crise, como a greve dos caminhoneiros, que é ele quem dá as cartas, acima de Michel Temer.