Dois grupos morenistas, MAIS – Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista- e NOS – Nova Organização Socialista – que acabaram de sair do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados) anunciaram que irão se fundir nos próximos dias 29 e 30 de abril.
A grande festa da “unidade” dos morenistas, que dentro do PSTU defenderam o golpe de Estado no Brasil, se alinhando com a direita golpista durante os atos “coxinhas” antes do impeachment estão hoje se organizando no PSOL (Partido do Socialismo e Liberdade), outra organização centrista e que possui várias alas que apoiaram o golpe, e a operação criminosa da “Lava Jato”.
No entanto, mesmo estando se organizando em um partido de orientação pequeno burguesa que não se reivindica revolucionário e muito menos marxista, a propaganda dos dois grupos morenistas que irão de se fundir é de que a fusão servirá para “agrupar marxistas, revolucionários do Brasil e do Mundo”.
Também, como bom morenistas que são, não poderia deixar de mencionar em seus documentos de fusão, não existe nada contra o golpe de estado, contra a prisão de Lula e que já estão mirando as improváveis eleições de 2018, para defender os candidatos do PSOL, numa frente eleitoral entre Boulos, Psol e PCB, ou seja, reproduzindo a mesma frente que o PSTU sempre lutou para estar dentro, desde as eleições de 2006, quando o PSOL lançou a direitista Heloísa Helena como candidata a presidência da República.
A fusão dessas duas organizações, de uma hora para outra, em véspera de eleições, em acordos das direções desses grupos só comprova que os morenistas não possuem contradições internas, bastam estar dentro do mesmo ambiente. Como no exemplo o PSOL, para que sem nenhuma discussão política programática, se fundam, já que são irmãos dos mesmos conceitos centristas e pequeno burgueses.