Ocorrerá, de 30 de junho a 29 de julho, o 49º Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, o maior festival de música erudita do Brasil. Porém, o festival não será realizado a contento em razão dos cortes financeiros tocados pelos golpistas na área cultural.
O evento será promovido, exclusivamente, através de financiamento privado orçado em R$ 3,2 milhões, demonstrando que o estado de São Paulo, mais uma vez, não investirá um centavo no maior evento cultural do país. A edição de 2017 sofrera uma redução de 25% nos investimentos, cujo patamar reducionista manteve-se em 2018, devido aos cortes principalmente da verba pública.
Um evento desta envergadura, que promove a cultura tanto para a iniciativa privada quanto ao público em geral, sofreu logicamente algumas diminuições estruturais em função do patrocínio a menor. O primeiro deles foi a preferência da chamada música de câmara, pequeno conjunto musical, em detrimento das Orquestras. Mas haverá sim Orquestras, ainda que em menor número.
Outra desestruturação diz respeito à atividade pedagógica do festival. Desde o ano passado, verificou-se diminuição no número de alunos atendidos pelo evento musical.
Apesar de tudo, o festival ainda mantém-se como o mais influente do país a ponto de atrair, inclusive, o capital privado, todavia, demonstra a necessidade de se intensificar a luta contra os golpistas e sua política de terra arrasada na cultura. Formar comitês de luta contra o golpe, para lutar contra o golpe e contra a prisão de Lula, é a ordem do dia.