O atual presidente do Supremo Tribunal Federal brasileiro, Dias Toffoli, propôs em um encontro com os juízes da Suprema Corte argentina na manhã desta última sexta-feira, dia 23, uma parceria com o objetivo de fortalecer a cooperação jurídica entre os dois países. O acordo, na realidade, visa favorecer ainda mais a atuação do imperialismo na América Latina, o qual tem se utilizado do judiciário dos países latino-americanos para levar adiante a política de golpe de estado contra os governos nacionalistas da região.
Tanto no Brasil, quanto na Argentina, assim como no Equador, as principais lideranças de esquerda estão sofrendo uma verdadeira perseguição politica por meio de processos farsas, sem provas, instituídos pelos judiciários dos respectivos países para favorecer a politica imperialista. No Brasil, por exemplo, o judiciário foi e é peça chave do golpe. Desde o Mensalão, a prisão sem provas de dirigentes do Partido dos Trabalhadores, a golpista Operação Lava Jato que pôs abaixo a indústria nacional e prendeu Lula de maneira completamente arbitrária, são alguns exemplos de como o judiciário atua de acordo com as orientações do imperialismo e contra os direitos democráticos do povo.
Na Argentina, como no Equador, tanto Cristina Kirchner, como Rafael Correa, sofrem com a implacável perseguição dos tribunais golpistas. Ambos estão também ameaçados de prisão devido a processos fraudulentos da justiça. Com o avanço do imperialismo na região, a chamada politica de colaboração proposta por Toffoli nada mais é do que o fortalecimento das ações ditatoriais dos tribunais na América Latina contra a esquerda e toda a população. Tal ação conjunta apenas serve para fortalecer os interesses dos grandes monopólios internacionais, ou seja, do próprio imperialismo.
A derrota da direita golpista na América Latina é um aspecto central da luta contra o imperialismo na região neste momento. Neste sentido é necessário mobilizar a população contra os golpistas, serviçais dos interesses norte-americanos, este é o único caminho que pode levar a uma derrota da direita. No Brasil, por exemplo, a luta deve passar pela formação dos comitês de luta contra o golpe, os quais devem levar adiante a campanha pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas!