A Polícia Militar de São Paulo, máquina de extermínio da população jovem, pobre e trabalhadora do estado, assassinou mais um garoto, desta vez em Campinas. O adolescente Danilo Henrique da Silva, 15 anos, foi morto a tiros pela PM em uma bairro periférico da cidade,o Jardim Centenário. Segundo os PMs que o assassinaram, o jovem teria fugido ao avistar uma viatura se aproximando, ainda teria apontado uma arma para os policiais antes de ser alvejado.
A morte do jovem soma-se a outros milhares de casos semelhantes. A PM, como desculpa para a sua política de extermínio utiliza o chamado “autos de resistência”, ou seja, um subterfúgio macabro que busca legitimar a prática assassina da polícia frente a uma suposta reação da vítima. Ocorre que na imensa maioria dos casos, a alegação de resistência da vítima serve para encobrir o verdadeiro genocídio praticado pela PM. Em grande parte dos casos os próprios policiais forjam a tal da “resistência” da vítima, colocando uma arma na mão do jovem assassinado, ou contando com a conivência dos tribunais e das instituições estatais, favoráveis a essa política.
O caso de Danilo entra nestas estatísticas. A PM, fortemente armada e treinada, mata um jovem de apenas 15 anos de idade, e depois acusa o “perigoso” adolescente de ter oposto resistência aos policiais. Trata-se de uma farsa, a qual só serve para ocultar a verdadeira política de guerra contra a juventude pobre e negra levada adiante pela polícia. Com o aprofundamento do golpe de estado, e o avanço da extrema-direita, esta política irá se acentuar ainda mais, aumentando em escalas gigantescas o número de assassinatos provocados pela PM nas periferias.
É preciso organizar a população pobre, a juventude e a classe trabalhadora contra essa política. Organizar nos bairros os comitês contra o golpe e de auto-defesa. Defender também a dissolução da PM, o fim dessa verdadeira máquina de guerra contra o povo.