Mais regiões do Estado do Rio de Janeiro sofrerão com a intervenção militar. As cidades de Paraty, Angra dos Reis, municípios da Baixada Fluminense, Macaé e Campos região norte do Estado receberão os interventores como parte da ofensiva golpista no país.
A imprensa burguesa tenta legitimar o avanço da intervenção com a justificativa de combater a violência urbana, porém após meses de intervenção o que se viu foi um verdadeiro massacre da população pobre. O número de assassinatos nos primeiros 30 dias na capital aumentou 19%, segundo um aplicativo que monitora a violência da região.
Esta expansão do controle dos militares sobre o Estado revela um aprofundamento do regime político que caminha abertamente para uma ditadura. As forças armadas servirão para combater a revolta popular contra os ataques aos direitos fundamentais da população.
Duas das cidades que sofrerão intervenção neste novo avanço golpista, Macaé e Campos, são polos petroleiros, onde se concentra milhares de trabalhadores organizados pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), importante organização na resistência contra o golpe e o avanço da privatização da Petrobras.
No Rio, os militares sob o comando do general do exército Walter Braga Netto, controlam efetivamente todos os órgãos de repressão, Administração Penitenciária, PM, Policia Civil e Bombeiros. O aumento da violência significa a escalada da repressão e a tentativa de liquidar os movimentos populares e partidos de esquerda, como no caso do assassinato da vereadora Mariele Franco.