Na noite da última segunda-feira, dia 28, uma série de boatos e mensagens nas redes sociais denunciavam que existia da parte dos militares a disposição de tomar o poder naquela mesma noite.
Boato ou não, já se sabe que os militares estão tomando o regime por dentro, tomando conta de uma série de setores e até mesmo de estados, como no caso do Rio de Janeiro.
De qualquer forma, na terça-feira, vários militares vieram a público reforçar a ideia de que eles não querem dar o golpe, não querem assumir o controle do Executivo Nacional.
Pela quantidade de depoimentos, matérias e entrevistas, na verdade, deve-se tirar a conclusão contrária. De que estão, de fato, discutindo o problema.
É o que comprova uma matéria da Folha de S. Paulo, na qual o general Augusto Heleno diz que a semelhança com 1964 é “esse clamor popular pela intervenção militar. É um sentimento que vai crescendo na população que enxerga nos militares a solução para o problema nacional”. O general, que esteve no Haiti, também reforça que os militares não querem isso.
A quantidade de matérias da própria imprensa burguesa sobre o problema revela que, sim, os militares são uma alternativa para a direita golpista, especialmente em um cenário de crise completa, de greves que se anunciam, e a vitória virtual de Lula nas eleições, eleições estas que os golpistas não querem realizar com a presença do ex-presidente.
É preciso ampliar a campanha de denúncia contra os conspiradores militares, que querem, de fato, assumir o poder no Brasil, para levar adiante os planos do imperialismo de arrasar a economia e o patrimônio nacional, missão que Michel Temer não consegue realizar de maneira alguma.