O golpe de Estado continua a atacar todos os serviços públicos que se destinam à população em geral. O desmonte da Educação, um projeto que o governo tucano vem desenvolvendo no Estado de São Paulo desde os anos 1990, atinge frontalmente as universidades públicas paulistas. O caso dos funcionários da Universidade de Campinas (Unicamp) é emblemático.
O governo estadual paulista acenou com um vergonhoso 1,5% de reajustes. A reação dos funcionários, que contavam mais de 200 participantes, em reunião na última segunda-feira (11) foi reverberar essa política em um ato no campi. A pauta dos trabalhadores é de 12,6%, com o intuito de repor as perdas salariais dos últimos três anos.
A decisão do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), em articulação com o Fórum das Seis na última quinta-feira, reafirma a disposição do governo estadual na manutenção do 1,5% de reajuste. Alegaram uma preocupação com o cenário econômico nacional. Como se pode perceber, ainda mais vindo de reitores cujos cargos de confiança estão atrelados às vontades das políticas tucanas, eles estão alinhados com os grandes destruidores da educação pública.
O Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) conseguiu uma nova negociação, para a próxima quinta, dia 14 e anunciou em seu Boletim que “a expectativa é que a reitoria
apresente uma proposta de correção dos valores do auxílio de alimentação”.
De acordo com o STU, é preciso intensificar a greve, responsabilizando a reitoria pela falta
de compromisso em apontar propostas para nossas demandas.
É muito importante todos os funcionários e setores progressistas da sociedade estarem atentos para o desenvolvimento dessa situação, pois a tendência da reitoria é impetrar tal aumento irrisório proposto pelo governo estadual.
O golpe de estado é o clima político ideal para esse tipo de ataque aos trabalhadores da educação e a todo serviço público prestado pelo governo à população. Toda movimentação grevistas dos trabalhadores, de uma maneira política concreta, deve ir além do aumento salarial. Além de exigir o reajuste, a luta pela liberdade de Lula e sua candidatura à presidência vinculada com a anulação do impeachment de Dilma Rousseff, deve estar presente em todas as organizações dos trabalhadores em luta.