Da redação – A informação de que a família Marinho foi financiada pelas burguesias imperialistas, mantendo envolvimento em diversos esquemas obscuros de corrupção, junto com a Ditadura Militar de 1964, não é nova. Dito isso, uma nova informação surge no livro “Minha Verdade”, que acaba de lançar na Europa o ex-presidente da Fifa Joseph Blatter, onde o ex-jogador e dirigente da FIFA afirma que dinheiro da Rede Globo foi desviado para a criação de uma “caixa-preta” no futebol.
Blatter, que é economista, revelou aos leitores que, quando desconfiou das movimentações, imaginou que o esquema usado para pagamento de propina — “caisse noir” — envolveria por parte da Fifa apenas Ricardo Teixeira, e não João Havelange, sogro de Teixeira. Investigando mais a fundo, viu, através do processo conduzido no tribunal do cantão de Zug, Suíça, que o dinheiro desviado pelo presidente mais antigo da entidade, foi algo em torno de US$ 1 milhão (R$ 3,7 milhões em valores atuais).
O autor não cita o nome da Globo nem faz referência a seu envolvimento direto no pagamento de propina. Porém, a ISL, empresa intermediária condenada na Suíça, é quem fazia os pagamentos, e como se sabe, o dinheiro que saiu da Globo, em 1998, para assinatura do contrato que garantiu para a emissora os direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2002 e 2006, fez uma “intrigante” escala em uma série de paraísos fiscais. O Diário Centro do Mundo (DCM), demonstrou na época que o ponto de partida do dinheiro da corrupção global, começou a rodar no Uruguai até cair na conta da ISL, a intermediária da propina.