O ato de primeiro de maio em Curitiba teve grande importância em demonstrar que os trabalhadores não estão interessados em fazer um “acordo” com o golpistas. Nenhuma das pessoas que se deslocou milhares de quilômetros até Curitiba, ou até mesmo as que moram na cidade, participaram do ato para exigir um “plano B” ou que os líderes da esquerda nacional “virassem a página do golpe”. Pelo contrário: abutres como Aldo Rebello, recém filiado ao Solidariedade, de Paulinho da Força, foram vaiados e chamados de “golpista”.
Diante dessa tendência à mobilização contra a direita, é necessário que os trabalhadores sejam impulsionados para fortalecer sua organização e atuem de forma decisiva e independente da burguesia. É necessário confrontar os atentados de caráter fascista que foram realizados contra o acampamento em Curitiba e contra a caravana do ex-presidente Lula e organizar a autodefesa dos trabalhadores.
No entanto, setores da esquerda continuam evitando organizar a luta dos trabalhadores contra a extrema-direita. Ao invés de falar a verdade para os trabalhadores, de explicar que as milícias fascistas são um exército mercenário da burguesia e que não serão parados por causa dos “apelos” da esquerda, tais setores apenas denunciam um suposto crescimento do “ódio”. O problema, no entanto, é que esse “ódio” já não é mais uma questão de discurso. A direita não apenas está xingando e caluniando a esquerda, mas sim atacando até mesmo à bala.
As intimidações da extrema-direita precisam ser combatidas por meio de uma política clara da esquerda. É necessário organizar comitês de autodefesa e preparar os trabalhadores para reagir a toda e qualquer provocação da direita.