O deputado federal fascista Eduardo Bolsonaro (PSL) deu uma palestra a empresários e investidores em Washington na última terça-feira (27). O evento foi uma espécie de sabatina dos seus patrões ao filho do presidente eleito pela fraude, Jair Bolsonaro.
“Nós estamos tentando fazer o nosso melhor. Se não tivermos uma vitória, sinto muito, fiz a minha parte”, disse o filhote de fascista sobre a reforma da previdência, que seu pai pretende levar a cabo como uma das medidas para destruir de vez os direitos dos trabalhadores e beneficiar os capitalistas.
“Nunca virei aqui, sorrindo para vocês, para dizer ‘ah, nós vamos facilmente fazer uma reforma da previdência. Não. Será difícil, será uma luta, talvez não consigamos fazer isso, mas nós vamos fazer o nosso melhor”, prometeu, como se estivesse prestando contas aos seus chefes, ao mesmo tempo em que procura justificar sua incompetência em cumprir as ordens que lhe foram dadas.
Essa palestra, para um grupo restrito de capitalistas no Brazil-US Business Council (Conselho de Negócios Brasil-EUA), foi mais uma clara amostra de vassalagem do clã Bolsonaro, que sempre tentou vender a imagem de nacionalista para o povo, enquanto vende as riquezas do povo ao imperialismo.
No evento, os amos de Bolsonaro fizeram cobranças a seu fantoche. Segundo o jornal golpista Folha de S. Paulo, um dos capitalistas falou que ele deveria ter mostrado mais firmeza e apresentado metas. O imperialismo já está pressionando para receber os dividendos por ter alçado a família Bolsonaro ao governo.
Eduardo Bolsonaro fez de tudo para expressar seu capachismo, afirmando que o Mercosul não pode impedir os acordos “bilaterais” (imposições comerciais) entre Estados Unidos e Brasil, e que fará de tudo para que o país norte-americano volte a ser o principal parceiro do Brasil.
Esse foi apenas um dos encontros com os senhores do futuro governo de Jair Bolsonaro. Antes da viagem, Eduardo implorou para poder ser recebido nos Estados Unidos. Finalmente, conseguiu se reunir com representantes da presidência, dos departamentos de Estado, Comércio e Tesouro e do Conselho de Segurança Nacional, além de empresários imperialistas.
Também conversou com os senadores republicanos Marco Rubio e Ted Cruz. Eles são alguns dos principais promotores no Congresso norte-americano da tentativa de golpe em Cuba, Nicarágua e Venezuela. Aliás, Bolsonaro filho prometeu que o governo de seu pai será bucha de canhão (mesmo que não seja em uma intervenção militar, ao menos em um boicote internacional) dos EUA contra o país de Nicolás Maduro.
Ainda na articulação para seguir as ordens do imperialismo contra a soberania da América Latina, ele se encontrou com Luis Almagro, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA). Almagro é o principal agente dos EUA na região e tem como missão primordial a derrubada do governo venezuelano. Recentemente, ele chegou a propor uma invasão militar ao país caribenho.
O boné da pré-campanha extra-oficial de Donald Trump para a reeleição, em 2020, utilizado por Eduardo Bolsonaro, sintetiza o espírito de sua viagem aos EUA. Se ele queria provar sua subserviência, entreguismo, subordinação, enfim, que é um verdadeiro lacaio pau-mandado do imperialismo, ele conseguiu.