Na última quarta-feira (17), em um dos banheiros da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), a extrema-direita pichou sobre a porta de uma das cabines a seguinte frase: “pretaiada vai voltar pra senzala”. Isso ocorreu no mesmo dia em que estava acontecendo o X Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros (Copene) na Instituição.
A UFU divulgou uma nota de repúdio, classificando o ato como um “grave ato de racismo” e, no mesmo sentido, o Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Triângulo Mineiro também repudiou o ato, declarando a necessidade de “reconhecer a influência de nosso passado nas nossas relações atuais é o primeiro passo para que nosso presente e futuro sejam transformados positivamente”.
Esse acontecimento faz parte da série de ataques que os bolsonaristas estão realizando por conta da fraude eleitoral que coloca o Bolsonaro em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. Na terça-feira (16/), na Faculdade de Direito da Universidade de Juiz de Fora (UFJF) houve pichação no banheiro com inscrições de “morte aos gays” e “morte aos viados”. Na sexta-feira, 12, na Universidade Federal de Alfenas (Unifal) houve também pichações racistas no banheiro.
São várias as ocorrências envolvendo a extrema-direita bolsonarista, desde tais pichações até ataques físicos violentos como a que ocorreu na última terça-feira, 16, que resultou no assassinato de uma travesti por um bolsonarista em um local próximo a Praça da República no Centro de São Paulo, além do caso do início deste mês relativo aos cortes que os bolsonaristas fizeram na barriga de uma mulher, em Porto Alegre, terminando por cravar uma suástica na sua pele.
A extrema-direita bolsonarista está solta nas ruas para atacar os trabalhadores, a juventude, os negros, as mulheres e os LGBT. Para responder e defender-se dos ataques desses fascistas, é necessário se organizar na formação de comitês de auto-defesa, pois a cada dia que passa aumentam o número de ataques, sendo necessário o enfrentamento para contê-los.