Um dos argumentos usados pelo monopólio da imprensa burguesa para justificar o golpe que levou ao impeachment da presidenta, democraticamente eleita, Dilma Rousseff, seria uma suposta impopularidade. Como “embasamento”, mostravam imagens das manifestações realizadas por coxinhas, onde os direitistas levavam cartazes e faixas pedindo a saída da governante. Essas manifestações eram totalmente artificiais, convocada pela imprensa e por grupos criados com dinheiro do imperialismo.
Dilma, todavia, não era, e não é, impopular. Quando reeleita, a presidenta recebeu 54 milhões de votos. Após sua retirada, realizada pela direita, as mobilizações populares pela luta contra o golpe demonstraram isso. Atualmente ela concorre ao senado pelo Partido dos Trabalhadores, em Minas Gerais. A petista lidera as intenções de votos entre os mineiros. Na última pesquisa, realizada pela DataTempo, a candidata aparece em primeiro lugar, com 27,9% dos votos. Comparada com agosto, o crescimento foi de 1,1 ponto percentual.
Dilma foi retirada pelos golpistas e, atualmente, está no poder Michel Temer, o presidente fantoche. O seu governo é, na verdade, controlado pelos militares, que ditam os rumos do país, atendendo aos interesses burgueses, que vão de oposto aos da classe trabalhadora. E não tem absolutamente nenhum apoio popular.
Assim como o golpe se expressou na retirada da presidenta democraticamente eleita, por 54 milhões de brasileiros, hoje se expressa na prisão política de Lula e em sua retirada das eleições. Ele, que é o maior líder de massas da América Latina, é o escolhido do povo para assumir a presidência. Todavia seu direito foi vetado e ele não apenas não pode concorrer, como sua figura também não pode ser utilizada nas propagandas eleitorais gratuitas, expostas nas emissoras de TV e rádio.
Nesse sentido lutar contra o golpe é fundamental. Todavia é importante ter a clareza de que a luta não deve ser nas urnas. Apostar nas eleições burguesas é um caminho trágico para a derrota. Apenas a mobilização popular, nas ruas, será capaz de barrar aos retrocessos impostos pela direita, bem como acabar com todas as medidas do governo fantoche, que atacam diretamente os interesses da classe trabalhadora.