Há quase cinco anos, a burguesia, em especial os setores mais ligados ao imperialismo, vem impulsionando a “luta contra a corrupção”. Desde o começo, denunciamos essa “luta contra a corrupção” como parte de uma operação golpista contra a esquerda e os setores mais rebeldes da burguesia. Com o tempo, várias provas foram aparecendo, ajudando a desmascarar essa farsa que era a “luta contra a corrupção”.
Sem dúvidas, a principal operação dessa “luta contra a corrupção” tem sido a “operação Lava Jato; Desde seu início, a operação se mostrou voltada primordialmente para a prisão de dirigentes do PT e, em especial, para a prisão do ex-presidente Lula. O que ficou mais óbvio ainda é que um partido sempre teve imunidade quando a Lava Jato decidia fazer suas investigações: o PSDB.
Nesta semana, mais uma vez, ficou provado que, para a Lava Jato, o PSDB é um partido intocável. Quando o delegado Milton Fornazari Júnior questionou a impunidade dada a políticos do PSDB, como Aécio Neves e Geraldo Alckmin, instantaneamente a Polícia Federal pediu sua demissão; Ou seja: Deltan Dallagnol fazer um espetáculo para apresentar a denúncia de Lula em um hotel seria permitido, mas exigir que os políticos do PSDB seja tão investigados quanto os do PT seria um absurdo.
A demissão do delegado escancara mais uma vez o que é a Lava Jato: uma operação completamente controlada pela direita, criada e alimentada para perseguir apenas os adversários do imperialismo. Por isso, é necessário abandonar as ilusões no Judiciário e fortalecer os comitês de luta contra o golpe, exigindo a anulação do impeachment, a liberdade de Lula e o fim da Lava Jato.