Aos poucos vai ficando mais claro, o retorno político do ato #elenão, usado para confundir e desarmar ainda mais politicamente a maioria da esquerda e dividir os votos de Bolsonaro em favor do candidato dos “donos do golpe”, Geraldo Alckmin. Ficou patente a absoluta desorientação da esquerda pequeno-burguesa ao se colocar como instrumento da Globo na sua grande campanha por manipular as eleições.
Pesquisa realizada pela USP no ato do largo do Batata em São Paulo apontou que mais de 80% dos participantes se identificavam com posições de esquerda ou centro-esquerda e predominantemente de classe média, o que demonstra que se a Globo não conseguiu cumprir plenamente seu intento de levar parte mais expressiva dos “coxinhas” para protestar contra o “espantalho”, personificado na figura do direitista Jair Bolsonaro, conseguiu, pelo menos, teve êxito em atrair uma parte expressiva da esquerda-pequeno burguesa para fazer coro com a fraude em andamento nas eleições.
A farsa está montada. Atacar o candidato do PT, Fernando Haddad, com uma intensa manipulação com a delação absolutamente farsesca de Antônio Palocci, cancelar milhões de títulos de potenciais eleitores de Haddad e finalmente transformar os últimos dias das eleições em um verdadeiro campo de concentração nacional, com o confisco de materiais do PT e de seus candidatos, como ocorreu no principal colégio eleitoral do País, Minas Gerais, e em vários outros estados.
Por outro lado, promover uma pequena diminuição nas intenções de voto em Bolsonaro transferindo parte dessa votação para Alckmin, para permitir que o mesmo vá para o segundo turno e se apresente como candidato de “união nacional” contra o candidato espantalho, apresentado como representante do fascismo.
A Rede Globo, com a reedição dos seus coxinhatos, atraiu como patinho a esquerda pequeno-burguesa, com o fim de transformá-la em correia de transmissão da consolidação do golpe pelas eleições, um processo marcado pela fraude absoluta.