Na última sexta-feira (22), o Banco Central (BC) deu continuidade à sua política de intervenção no mercado do dólar através do leilão de títulos no valor de US$ 1 bilhão o que elevou o valor total dos títulos vendidos na semana a US$ 5 bilhões. Os analistas do mercado entendem que a política de intervenção deverá continuar. O dólar manteve-se praticamente estável durante o dia e fechou cotado a R$ 3,76.
A alta do dólar decorre de uma fuga de capitais do País, a par dos fatores internacionais, a grande instabilidade geral no Brasil. Altamente dependente dos capitais especulativos que circulam pela economia, o BC intervém no mercado pela venda de dólares a fim de evitar uma disparada da inflação pelo aumento do custo das importações e a consequente perda de controle da economia.
A queima das reservas cambiais na tentativa de conter a alta do dólar poderá levar ao seu esgotamento e culminar numa crise que levaria o País mais uma vez ao FMI, como já acontece na vizinha Argentina governada por um governo pró-imperialista, ligado aos EUA, como Michel Temer e toda a corja golpista brasileira.
Uma vez mais a realidade se atravessa no caminho do golpe dessa vez na forma de uma crise cambial com dupla origem: o aumento das taxas de juros dos títulos da dívida estadunidense que está causando uma alta do dólar no mercado internacional e a incerteza política, econômica e jurídica reinante internamente.