A parceria da Receita Federal do Paraná com a Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) destruiu 100 mil decodificadores ilegais de TV por assinatura desde 2017, segundo dados da Alfândega da Receita Federal em Foz do Iguaçu (PR) citados pelo portal G1, do monopólio das comunicações, a Rede Globo.
O grande pretexto do órgão governamental para atender às ordens de seus patrões capitalistas das telecomunicações é o “combate à pirataria”. No entanto, trata-se de um esquema de repressão, não somente contra os comerciantes desses produtos, mas, principalmente, contra a população.
Isso porque os aparelhos piratas de TV por assinatura, bem como as “gambiarras” como os famosos “gatos”, são meios pelos quais a população tenta escapar do monopólio televisivo das comunicações. Há anos o povo está cansado de assistir à TV Globo, Bandeirantes, Record, SBT, etc. e vê os canais por assinatura como uma alternativa a seu conteúdo.
No entanto, as operadoras de TV por assinatura vendem pacotes muito caros para a maioria da população, uma verdadeira exploração, aproveitando-se das necessidades de lazer, cultura, entretenimento e informação do povo. Elas se permitem fazer isso porque são uma máfia, configuram um monopólio das telecomunicações (estreitamente vinculado ao próprio monopólio da imprensa burguesa – basta lembrar que, por exemplo, a Rede Globo tem uma parcela das ações da NET).
Não permitindo que o povo escape das cobranças e serviços vergonhosos dessa máfia, o monopólio das comunicações reprime qualquer tentativa independente de acessar a TV por assinatura, utilizando seu poder sobre o Estado burguês para manipular como quer as forças de repressão em ações como essa.