Existe uma política institucionalizada de violência e crimes contra a população brasileira. Apesar do massacre no Guarujá na última semana ter levantado mais uma vez o regime de terror contra pretos e pobres, nas periferias e favelas do Brasil, a situação é bem mais ampla. Trata se de um Estado fascista, criminoso, que atua atacando direitos e matando o povo diariamente.
Esse morticínio da população pobre no Brasil é praticamente um regimento estatal, desde muitos anos. Passando por todas as instituições burocráticas do Estado e desaguando, logicamente, na máquina de guerra da burguesia: a polícia, que sai às ruas para assassinar a população. Tudo com a cobertura da imprensa burguesa que esconde a realidade de parcela das pessoas que moram no país.
Não precisamos levar em consideração o passado do ministro Alexandre de Moraes para afirmar que ele não passa de um policial posto no Supremo Tribunal Federal (STF), uma engrenagem importante e ativa nessa guerra do Estado contra o povo desde antes de assumir o cargo federal. Quando o STF passa por cima da constituição, julga de forma arbitrária, coloca pessoas nas cadeias brasileiras. Ou seja, um ministro como Alexandre de Moraes não liga para o direito de absolutamente ninguém.
Nesse momento esse ministro – Moraes – usa o mesmo critério que a polícia usa nas favelas para atacar o povo pobre, para também tentar enquadrar a direita e a extrema nacional. Ou seja, ninguém tem direito algum, quando em suas ofensivas contra qualquer pessoa pela polícia ou pelo STF o critério é o mesmo, não existem leis, ou melhor, eles são a lei e a população é tratada como lixo.
Durante sua tradicional Análise Política da Semana, Rui Costa Pimenta esclarece melhor essa questão em que o País está se transformando em um verdadeiro “faroeste”, seja através da polícia, seja pelas mãos da justiça brasileira, cujo principal símbolo é o STF. De acordo com presidente do PCO, esse modo que o Alexandre de Moraes está utilizando contra eles seria o “mesmo tratamento VIP que a maioria da população tem nas favelas e periferias do Brasil”.
“Se não fosse uma coisa totalmente, ilegal, arbitraria da parte do Estado o que está sendo feito, seria até uma manifestação de democratização do país. Porque eles estão levando o faroeste nacional à falta de direitos, a lei da selva, para as classes abastadas que ousaram também elas se insurgir aí contra o sistema dominante.” Aponta Rui Costa Pimenta.
Portanto, toda essa repressão e a completa falta de direitos gera na população um modo de viver baseado no caos e no desespero, pois se a pessoa vê o direito de outro sendo violado e não aponta ou se revolta, é óbvio que está normalizado o vale tudo, todos entram no mesmo barco onde não vai haver direitos para nenhum nem outro. Sendo assim, a direita e a extrema-direita que diz: bandido bom é bandido morto, está sentido na pele a verdadeira selvageria que é o Estado brasileiro.
Isso tudo mostra que o judiciário e a polícia agem da mesma forma contra qualquer um no país. É importante deixar claro, que todos esses ataques vão revoltando e colocando a população cada vez mais em estado de alerta e violência permanente. Não há outra saída a não ser pedir o fim das duas instituições, elas devem ser dissolvidas e a segurança e a justiça do País ser colocadas nas mãos da população.