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Abrir escola na pandemia, não!

SP: professores decretam greve contra governo genocida de Doria

Os professores de São Paulo em assembleias da Apeoesp por todo o Estado aprovam greve contra o genocídio e João Hitler Dória

Os professores do Estado de São Paulo, decidiram, nesta sexta feira (dia  5), em assembleia geral virtual da Apeoesp em todo o Estado, entrar em greve contra a criminosa decisão governo estadual de retomar as aulas presenciais a partir do próximo dia 8.

Foram realizadas assembleias regionalizadas (contando com a participação de professores de vários municípios unificados por regiões) por todo o Estado e contando com a presença de pelo menos 2 mil professores, foi aprovado em todo o Estado de São Paulo, greve geral dos professores estaduais contra o retorno presencial às aulas.

A decisão dos professores de São Paulo é importantíssima, pois ocorre no mais importante estado da federação e principalmente, por ser no principal centro da direita golpista no país e ainda ser a greve contra o governador João Dória, principal articulador da política de volta às aulas em todo o país.

Para impor a volta às aulas em São Paulo João Dória é capaz de manipular, com a ajuda de toda uma burocracia estatal fascista, nas pastas da saúde e da educação a mudança a seu bel prazer das fases sanitárias de controle da pandemia, confirmando ainda mais esta política como uma farsa desde seu início. Nesta sexta feira também, o governador fascista acabou de promulgar durante a apresentação da reclassificação do Plano São Paulo, que a Grande São Paulo e outras cinco regiões do Estado avançaram para a fase amarela, numa manipulação sem igual do atual momento de genocídio em todo o Estado. Com a circulação das novas cepas com alto grau de contágio pelo Estado, o assassino João Dória permite com mais essa  flexibilização o funcionamento de estabelecimentos, como comércios, restaurantes e shoppings diante do cenário da covid-19 e conjuntamente passa a ideia que as aulas podem ser retomadas.

Contra esse verdadeiro crime de Auchwitz, os professores estaduais de São Paulo, disseram não e aprovaram a greve por tempo indeterminado contra as aulas presenciais e atividade remota, enquanto a pandemia persistir.

As assembleias regionalizadas realizadas pela Apeoesp, à qual se opõe os professores da Corrente  Educadores em Luta que defendem  uma única assembleia geral  da categoria, com possibilidade de presença de milhares professores, em local público, com a os devidos cuidados sociais, foram realizadas desta forma por pressões de setores direitistas dentro da diretoria como o grupo Resistência do PSOL e setores minoritários da diretoria ligados à Articulação Sindical. Estes setores que em momentos de luta são defensores do “Fique em casa”, há três meses estavam em campanha eleitoral, ao lado de João Dória, Covas e Boulos na fase amarela das eleições, como se naquela ocasião sequer existisse pandemia, mas agora que é hora de defender a vida do povo eles voltam a ser adeptos do sofá, deixando João Dória sem pressão para impor a fraude da fase amarela e milhares de mortes.

Enquanto João Dória, que desde o primeiro dia de pandemia deu impulso fundamental para a morte de milhares de paulistas ao manter o transporte público superlotado nos ônibus e metrôs e não realizar nenhuma campanha efetiva de controle da pandemia, agora seus secretários nazistas já deram as ordens de retorno presencial aos professores que terão que se aglomerar diariamente nas escolas. Ao mesmo tempo que as escolas da morte de Dória são abertas, estes setores direitistas da diretoria sindical diminuem o impacto político de uma assembleia presencial, com todos os cuidados sanitários como distanciamento, máscaras, álcool gel, etc; único movimento capaz de denunciar amplamente à população paulista a ampliação do crime genocida e de dar impulso ainda maior para a luta dos professores no país.

Após a aprovação da greve com mais de 90% dos votos de todas as assembleias, foi debatido se haveria greve geral ou greve com ensino remoto durante a greve, a Corrente Educadores em Luta defendeu em várias assembleias regionais pelo Estado que a greve deveria ser total e paralisar todos os trabalhos pedagógicos, fossem eles presenciais ou em casa e se o ensino remoto entrasse seria resultado de negociação com o governo. A proposta de Educadores em Luta levava em consideração a necessidade da luta dos professores mais novos, em geral, os que não tem comorbidades e obrigatoriamente estariam na escola, por serem os mais novos, ao mesmo tempo em que seria de fato uma greve geral pois cerca de 25% dos professores com comorbidades já se encontram em teletrabalho.

A proposta de greve total recebeu importantes votações por todo o Estado, em regiões como a grande São Paulo, chegou a ter 36% dos votos de todos os presentes, contra 55% da greve com ensino remoto foi aprovada.

O primeiro importante passo foi dado, a aprovação da greve. Agora é necessário mobilizar pela ampliação da luta com a militância e os professores organizando comandos em todas as regiões para convocar a paralisação e trabalhando ativamente pelo fechamento de todas as escolas; organizar Atos regionais (nas Diretorias de ensino ou local central) em todas as regiões e um grande Ato Central com Marcha ao Palácio, numa mobilização que unifique todos que querem lutar, contra o genocídio da volta às aulas.

É necessário também um chamado à unificação com todas redes municipais; greve em conjunta na Capital a partir do dia 15/2, chamando o Sinpeem, principal sindicato dos professores municipais paulistanos a romper com a política de colaboração com Covas se unificando na luta geral contra os governos fascistas e assassinos do povo. Mostrando aos trabalhadores da Educação de todo país o único caminho que pode defender a vida do povo e dos educadores, a luta.

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