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Mobilização contra a direita

SP: diante da crise, funcionários dos correios paralisam unidade

Trabalhadores resolveram dar um basta na sequência de contágio e mortes. Nesta sexta-feira, funcionários dos Correios da unidade da Brasilândia, zona norte de São Paulo

Diante do extermínio da categoria através do contágio do coronavírus, o único caminho correto a seguir é a greve, a maior das armas dos trabalhadores. Eis que os funcionários dos Correios entram em greve.

Trabalhadores resolveram dar um basta na sequência de contágio e mortes. Nesta sexta-feira, funcionários dos Correios da unidade da Brasilândia, zona norte de São Paulo, fizeram uma paralisação por falta de higiene no local. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios, já são sete funcionários da unidade infectados pelo novo coronavírus.

Segundo Camilo, diretor do Sindicato dos Trabalhos dos Correios, “a paralisação aconteceu porque a empresa trata o trabalhador com descaso. A gente já vem cobrando há um bom tempo a desinfecção da unidade, e no dia de hoje ocorreu apenas uma lavagem com água sanitária e mais nada, por isso nós paralisamos as unidades”.

Verdade é que há apenas uma funcionária que faz a limpeza da unidade da Brasilândia, onde trabalham cerca de 60 pessoas. É mesmo impossível e invencível a tarefa para uma só pessoa. O descaso da direção fascista da estatal é visível.

O único caminho a seguir é a greve, a maior das armas dos trabalhadores. Eis que os funcionários dos Correios entram em greve. A demanda do sindicato e dos trabalhadores da unidade é de que a limpeza do local seja feita por uma empresa de desinfecção.

Quanto as EPIs, o funcionário conta que os Correios disponibilizaram a eles apenas uma máscara de pano, que deve ser lavada diariamente. O álcool gel chegou depois de muita cobrança do sindicato. “Conseguimos meia boca um álcool gel, as máscaras nós não tínhamos, luva até o momento não foi entregue aos trabalhadores. Condições péssimas de trabalho”, relata Camilo. “Infelizmente a empresa não valoriza o bem maior, que é a mão de obra do trabalho.

Sobre os procedimentos mais banais como o distanciamento social, o carteiro afirmou que “isso não existe” e que os funcionários ficam a um metro uns dos outros. A decisão de fazer a paralisação preserva e retira o trabalhador do contágio do coronavírus. O governo fascista quer privatizar os correios e despreza as vidas dos trabalhadores.

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