A situação da França ganha proporções dramáticas. Se antes do coronavírus, ela já mostrava sinais de completa incapacidade de lidar com a crise provocada pela proposta de reforma da previdência, agora, diante de tantas mortes, e a possibilidade de um colapso na saúde, esse que é um dos mais ricos países imperialistas,dá mostras da impossibilidade de contornar o que é o agravamento da crise do capital no mundo.
Os últimos números mostram que a França registrou nas últimas 24 horas mais de 900 novos contágios e 36 mortes, elevando o total a 5.400 infectados e 127 óbitos. Mais de 400 pessoas estão hospitalizadas em estado grave.
“O número de casos dobra a cada três dias, mas quero, acima de tudo, que nossos cidadãos entendam que há pessoas que estão doentes, em terapia intensiva e cujo prognóstico de vida está comprometido, e essas pessoas são centenas”, afirmou nesta segunda-feira o diretor geral de Saúde do país, Jérôme Salomon.
A situação da epidemia de coronavírus na França “é muito preocupante e se deteriora rapidamente”, afirmou Salomon, que, na condição de segundo homem do Ministério da Saúde, se disse preocupado com uma possível saturação dos hospitais.
O presidente da França, Emmanuel Macron, deverá fazer um pronunciamento em rede nacional na noite desta segunda-feira, às 22h no horário de Brasília, segundo informou o Palácio Eliseu. É esperado o anúncio de novas medidas para conter a disseminação da Covid-19 no país.
O Coronavírus mostrou que mesmo os países desenvolvidos se encontram em condições vulneráveis a qualquer emergência social causada por doenças ou desastres naturais devido a política de ajustes neoliberais para conter a crise capitalista.