A eleição do maior sindicato de funcionários públicos no país que se realizou na última sexta feira, teve como resultado da enorme fraude a vitória da Chapa da situação, ligada ao vereador Cláudio Fonseca (PPS), aliado parlamentar do governo Bruno Covas na cidade de São Paulo. Além de toda a fraude já exposta na matéria veiculada ontem neste diário, a eleição de Cláudio Fonseca contou com a colaboração de sempre, nos momentos decisivos da esquerda pequeno burguesa, em especial, a chamada Unidade da oposição ligados ao PSOL, PSTU e seus satélites, mas também das demais chapas.
Não é dessa eleição o apoio clamoroso a Cláudio Fonseca (já vem de mais de décadas) quando este se encontra em perigo. Em várias lutas da categoria a chamada Unidade da Oposição foi decisiva para derrotar a categoria e ajudar Cláudio Fonseca.
Alguns exemplos:
Na primeira grande greve da categoria em 2006, depois de 12 dias de paralisação e de Cláudio Fonseca ameaçar a categoria que não haveria sequer o pagamento dos dias parados naquela ocasião, contra a proposta de Educadores em Luta de se manter em greve, que a representante do Psol naquela assembleia (Rosa Palmiro), após 3 votações, com mais de 15 mil servidores presentes, onde a assembleia estava totalmente dividida e em nenhuma das 3 votações para se saber se a greve continuava era possível saber exatamente o resultado, que a representante do PSOL foi chamada por Cláudio Fonseca e disse que concordava com Cláudio que a proposta de greve fora derrotada, sem sequer levar em conta a ameaça de Cláudio de que o sindicato não lutaria pelo pagamento dos dias se a greve continuasse, detalhe o governo municipal era de Kassab, que havia terminado de receber o cargo de José Serra(PSDB).
Durante a greve contra a reforma da previdência municipal coube a outra integrante da Unidade da oposição defender o fim da mobilização dos profissionais em educação, seguindo a política de Cláudio e dando tempo para a direita se rearticular e derrotar os professores no dia 26 de dezembro de 2018, em votação na Câmara Municipal de São Paulo.
E para terminar, nesta eleição para direção do sindicato, depois de terem colaborado diretamente para a realização da eleição, fugiram da eleição por temerem claramente não conseguir se eleger frente ao poderoso Cláudio Fonseca dos 10% de votos da categoria. Não bastasse toda a capitulação era preciso mais e fizeram sua política a da calúnia geral e até pessoais. Em várias redes sociais facebook, grandes grupos de wattshap de várias regiões da cidade, onde realizaram explicita campanha contra o voto da categoria na Chapa 3 de Educadores em Luta – Fora Bolsonaro, a única oposição à diretoria de Cláudio “Covas” Fonseca. Se utilizando até mesmo de calúnias para atacar a verdadeira oposição, como dizer que: “A chapa 3 está comprada por Cláudio Fonseca”, “Conversei com amigos do PCO e não há ninguém do PCO na Chapa”, entre outros. Além da campanha de calúnias chegaram a negar o ingresso de militantes de Educadores em luta em grupos de wattshap, como o da DRE Ipiranga, onde os ataques eram raivosos contra os professores do PCO, tudo para impedir o debate e o esclarecimento entre professores.
A realização da mobilização da corrente “ Educadores em Luta” denunciando a política de deixar os professores na mão em meio a pandemia e aos ataques de Bruno Covas da diretoria e da ala pequeno burguesa, aglomerou em torno de sua política centenas de professores e servidores que veem a necessidade de uma oposição de verdade à política direitista destes setores. Este é o caminho que a partir de agora a corrente de educadores do PCO e simpatizantes vai seguir e aprofundar a luta nas ruas e no dia a dia das escolas, contra os governos inimigos da educação e dos trabalhadores. Fora Covas! Fora Bolsonaro!