O governo ilegítimo de Jair Bolsonaro é formado por uma verdadeira trupe de direitistas do tipo mais débil. O governo se caracteriza por apresentar uma gama de figuras que parecem ter sido tiradas de algum programa de sátira. Dentre elas, está Sérgio Camargo, o presidente racista da Fundação Palmares.
Nas publicações de Sérgio Camargo, é possível perceber o alinhamento do presidente da Fundação Palmares com o governo Bolsonaro. Isto é a prova clara que Jair Bolsonaro tem, sim, controle sobre o governo, muito diferentemente da fantasia de parte dos analistas burgueses que dizem que ele é um simples fantoche. Fica cada vez mais óbvio que é preciso derrubar o presidente ilegítimo pela ação popular e que o restante dos golpistas cairão como dominós, pois estão fortemente lastreados pela política do fascista-chefe.
A principal queixa de Sérgio Camargo nas redes sociais é o abstrato “vitimismo”. Constantemente, ele critica abertamente a esquerda e os negros por serem “vítimas”. Segundo ele, não existe racismo — ao menos quando não lhe interessa —, e que isso seriam chorumelas de pessoas que tentam sujar a imagem de pessoas “corretas”.
Esta noção é, nada mais, nada menos, que o pensamento vigente na burguesia e em camadas da pequena burguesia mais ligadas à primeira. A ideia de que não há injustiças contra os negros não tem base alguma na realidade. Não passa de uma ideia mentirosa feita para justificar a condição de opressão do negro na sociedade capitalista.
Sérgio Camargo chegou ao ponto de dizer que não se deveria relembrar a figura de Zumbi, mas de reverenciar a Princesa Isabel, o que é um claro atentado à memória da luta do povo negro. Seu discurso baseia-se em atacar, de toda e qualquer maneira, os movimentos negros e a esquerda em geral. Chega até a chamar negros de racistas…
Recentemente, utilizando a Fundação Palmares, que deveria defender os negros, criou o “Palmares garante, não é racista!”. Isso é o auge do absurdo. É a total traição ao povo negro e sua luta.
Enquanto posa de “machão” contra a esquerda, que constantemente aceita seus argumentos calada, Sérgio Camargo mostra outra face quando é confrontado. Recentemente, este Diário convocou o povo a derrubar o presidente da Fundação Palmares e seu patrão, Jair Bolsonaro. O maior crítico do “vitimismo” logo se ofendeu – quando chamado de “capitão do mato” na matéria em questão – chegando a ameaçar processar o Diário Causa Operária por racismo. Entretanto, não era ele mesmo que dizia que os negros não deviam se “vitimizar” quando “criticados”?
Portanto, tem-se aí o verdadeiro retrato da direita brasileira. Seu discurso moralista é completamente oco. Quando confrontado por um discurso mais incisivo e direto, logo corre para trás do judiciário se utilizando das leis que tanto critica.
Em resumo, Sérgio Camargo é como o restante do governo Bolsonaro, uma fraude que deve ser derrubada pelo povo.
O exemplo, no entanto, é importante para que toda a esquerda compreenda a psicologia da extrema-direita. Adeptos de discursos e práticas violentas, os fascistas não passam de covardes travestidos de valentões. Mostram suas garras e atacam apenas os grupos que julgam demasiadamente fracos para reagir, mas fogem ao primeiro sinal de confronto. É preciso, portanto, não baixar a cabeça para os ataques de Sérgio Camargo, infiltrado nazista na Fundação Palmares, mas sim partir para a única linguagem que entende: a força.
Se Sérgio Camargo acha que pode reviver a escravidão no Brasil, apagando os heróis do povo negro da história e homenageando a princesa Isabel, se acha que pode dar mais munição à Polícia Militar para suas chacinas contra o povo negro. Fica o aviso: as cosias não serão tão fáceis. Pois se o presidente fascista da Fundação Palmares quer usar da violência contra o negro, receberá tudo em dobro.