Dois sítios da internet possuem grande quantidade de informações que mostram as relações principalmente dos EUA e de Israel no fornecimento de armas e treinamento para grupos nazistas ucranianos como o Batalhão Azov.
O jornalista Max Blumenthal e seu portal da internet Grayzone Project e Asa Winstanley do portal The Electronic Intifada apresentam relatórios, imagens e vídeos mostrando as relações do imperialismo com os grupos nazistas da Ucrânia que tomaram o país de assalto.
Israel e seu apoio aos nazistas ucranianos
O jornalista Asa Winstanley, editor associado do portal The Electronic Intifada, publicou uma denúncia sobre o apoio do governo de Israel aos nazistas ucranianos com armamento de guerra para combater os russos.
Em seu artigo mostrou uma série de publicações oficiais no Youtube e na página oficial do grupo nazista que recentemente foi incorporado a Força Nacional ucraniana, o famoso Batalhão Azov, fazendo propaganda de seu armamento com armas produzidas pelo Estado de Israel, e pior, fornecidas a esses grupos pelo governo israelense, como os fuzis Tavor.
O artigo cita uma carta do advogado Eitay Mack e outros 35 ativistas israelenses que demonstravam milicias nazistas dentro do exército ucraniano e pedindo a suspensão do fornecimento de armas e treinamento para a Ucrânia. “O status oficial de Azov nas forças armadas ucranianas significa que não se pode verificar que “armas e treinamento israelenses” não estão sendo usados “por soldados antissemitas ou neonazistas”, escreveram na carta endereçada ao governo de Israel.
Em resposta à carta, o Ministério da Defesa se recusou a discutir o documento, mas também não negou nem o fornecimento e o treinamento a grupos nazistas como o Batalhão Azov.
Outra denúncia é que Israel através da IWI, Indústrias de Armas de Israel, permite e concedeu licença para que a Fort, a empresa estatal ucraniana de armas, produza rifles Tavor em suas fábricas e abasteça o exército ucraniano que está cheio de milícias nazistas.
Ajuda dos EUA aos nazistas da Ucrânia
Já o jornalista Max Blumenthal pesquisou extensivamente e denunciou que os EUA forneceram armas, incluindo granadas impulsionadas por foguetes, e treinamento para integrantes não do exército ucraniano, mas diretamente do Batalhão Azov.
As denúncias de 2018 mostram que até então o próprio Pentágono atuava incansavelmente para a retirada de um projeto de lei que impediria o envio de armas e treinamento para integrantes do nazista Batalhão Azov. Por três anos consecutivos, o Pentágono conseguiu impedir a aprovação do envio de armas a nazistas ucranianos.
Essa ajuda contou com apoio de entidades israelenses conhecidas internacionalmente. Segundo o artigo, “em 2014, os grupos de lobby israelenseS ADL e o Centro Simon Wiesenthal se recusaram a ajudar uma tentativa anterior de barrar a ajuda dos EUA a grupos neonazistas na Ucrânia.
A ADL argumentou que “o foco deveria estar na Rússia”, enquanto o Centro Wiesenthal apontou para o fato de que outros líderes de extrema-direita haviam se reunido na embaixada israelense na Ucrânia”.
Outro país, capacho dos EUA que está apoiando os nazistas ucranianos é o Canadá. Os jornalistas denunciam também que em postagens oficiais do Batalhão Azov, mostram que tiveram uma reunião em junho de 2018 com o adido militar canadense na época, coronel Brian Irwin. No artigo diz que os canadenses concluíram o briefing expressando “suas esperanças de uma cooperação mais frutífera“.
Em resposta ao email enviado pelo sítio Intifada Eletrônica, um porta-voz do Departamento de Defesa canadense confirmou o apoio e treinamento ao Batalhão Azov dizendo que “treinamento das Forças Armadas ucranianas através da Operação Unifier incorpora fortes elementos de direitos humanos“.
Está cada vez mais claro que a Ucrânia se tornou um celeiro do nazismo no mundo com apoio dos países imperialistas e a OTAN, incluindo o Estado de Israel. Articulam e manobram que fica evidente que o governo e o exército da Ucrânia estão tomado pelos nazistas para fornecimento de armas e treinamento para combater os russos e a população do país.