O podcaster e influenciador digital Monark está sofrendo uma nova campanha de “cancelamento” (ou seja, censura).
Há poucos meses, ele foi virtualmente “crucificado” por afirmar que se um indivíduo quisesse formar um partido nazista no Brasil, ele deveria ter esse direito. A imprensa e os identitários deturparam sua fala e o acusaram de defender o nazismo. A histeria levou à sua saída do Flow Podcast, empreendimento de sucesso do qual Monark é fundador.
Desta vez, ele voltou a ser perseguido supostamente por defender a pornografia infantil. Como antes, sua posição foi distorcida.
Sobre as pessoas que consomem pornografia infantil, ele afirmou, em conversa no novo podcast que apresenta, Monark Talks: “Eu não sei se ele é um criminoso. Eu acho que o crime está em você produzir e divulgar. Mas, que é uma parada que você vai falar: puta, esse cara não bate bem das bolas. Com certeza é… Entendeu?”
E continuou: “Mas, criminoso eu não sei. Um cara que é pedófilo, por que eu gostaria de prender ele? Se ele estivesse ameaçando outras crianças. Entendeu? Se ele está assistindo uma parada é uma merda… É bem esquisito, eu não seria amigo dessa pessoa, mas eu não sei se ele deveria ser preso, entendeu? De verdade, assim… Porque o crime de verdade é você expor uma criança. Ou você abusar de uma criança, na minha opinião. Ou não?”
Fica claro na fala de Monark que ele não tem uma opinião formada a respeito de se deve ser crime ou não consumir pornografia infantil, embora ele tenda a crer que não. E está certo: quem consome certamente sofre de algum tipo de transtorno psiquiátrico, pois é algo absolutamente insano gostar de ver crianças em uma situação como essa. No entanto, a culpa de a criança estar nessa situação não é a de quem consome, mas sim de quem produz esse conteúdo. Parte da esquerda pequeno-burguesa diz que se pararmos de consumir determinados produtos, estaremos combatendo o capitalismo. Nada mais idiota. O mesmo vale para a pornografia infantil, que, no entanto, é mais semelhante à questão das drogas: uma pessoa que consome não deve ser tratada como a pessoa que produz. O próprio Estado reconhece isso.
O maior absurdo, no entanto, é a condenação a Monark por ele simplesmente expressar uma opinião. Os inquisidores de plantão voltam sua carga ao apresentador, alguns deles pedindo censura e o acusando de influenciar o crime. Nesse tipo de campanha, chega-se ao cúmulo de pedir punição para quem expressão uma opinião.
Isso é tão incivilizado quanto o demente que adora assistir a ponografia infantil.