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Candidato indígena do PCO

“Chega de genocídio, chega de assassinato, chega de massacre”

Conheça Magno Souza, o candidato do PCO ao governo do Mato Grosso do Sul. O vice-governador é o professor de História Carlos Martins

Na manhã desta terça feira (23), o candidato do Partido da Causa Operária ao governo do Estado do Mato Grosso do Sul concedeu uma entrevista para a imprensa local, o Diário Digital, no programa Balanço da Manhã. Magno de Souza, respondeu várias perguntas feitas pela entrevistadora Veruska Donato. Segundo ele, ter sido escolhido pelo PCO para representar o partido nas eleições de 2022, é “uma surpresa muito agradável”.

Representante não apenas do PCO, mas de todos os povos indígenas brasileiros, Magno de Souza comentou sobre os dados divulgados pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), que apontam o Mato Grosso do Sul como o Estado que mais matou índios no ano de 2021. O candidato mora em Dourados, em zona de conflito permanente entre latifundiários, pistoleiros e policiais contra os indígenas Guarani-Caiouá.

“Nós esperamos entrar com providências para acabar com esse massacre nas áreas indígenas, até nas não indígenas, porque muitos brasileiros também estão em áreas de conflitos. Isso não deveria acontecer, porque nós já perdemos muitos companheiros indígenas, então acho que nós poderíamos chegar num alcance de apaziguar, de Mato Grosso do Sul parar com essa criminalidade”, esclarece.

Em outras oportunidades, Magno de Souza já havia comentado um outro problema grave que atinge a comunidade indígena em todo país, porém é mais grave no Estado onde ele é candidato a governador. MS hoje é líder, de acordo com a mesma pesquisa divulgada pelo Cimi, em suicídio entre jovens indígenas. O concorrente nas eleições pelo PCO explica que esse tipo de situação entre a juventude indígena e não indígena é reflexo da atual situação em que vive o país. Principalmente pós-golpe de Estado.

“As vezes o jovem [indígena] vai para uma parte de fora da comunidade procurar emprego e ele não é aprovado, por conta do seu estudo. Inclusive, pensamos em colocar nas aldeias de Dourados um programa para gerar mais emprego, para eles trabalharem na aldeia mesmo, ajudarem a comunidade”, conta.

Vítima de centenas de ataques de armas de fogo de fazendeiros, pistoleiros até mesmo da polícia local, estadual e federal, Magno de Souza defende uma política clara para acabar com o terror que vive diariamente sua família e as comunidades indígenas do Brasil afora. O candidato já perdeu as contas de quantos amigos e familiares já foram assassinados, cruelmente, pelo aparato repressivo do Estado e os inimigos regionais das populações indígenas.

Indignado, Magno, quer dar um basta nos crimes cometidos contra os povos indígenas, negros e pobres no país. “Chega de genocídio, chega de assassinato, chega de massacre. Ninguém merece ser morto, ser eliminado de uma forma sem poder se explicar”, declara. “Às vezes a gente pede uma segurança para nos atender e não vêm para conversar, eles chegam atirando. Então, eu acho que [a solução] é o fim da PM para poder comunicar com a população, porque a população não vai chegar com a arma dando um tiro para todo lado”, afirma.

Para além de todas essas denúncias, o candidato do Partido da Causa Operária quer acabar com os vestibulares de ingresso nas universidades de Mato Grosso do Sul. Segundo o candidato, o livre ingresso nas universidades ajudaria na geração de emprego e a dar um sentido de luta para a vida dos jovens, tanto índios quanto os não índios. “Alguns estudantes vão procurar serviço e não acham. Essa medida aumentaria a oferta por emprego”, conclui Magno de Souza.

Confira também a denúncia de Magno de Souza durante o Congresso do Partido da Causa Operária:

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