Leia o discuro do companheiro Magno Souza, índio guaraní-caiuoá, candidato ao governo do Mato Grosso do Sul:
“Bom dia, estou aqui como uma oportunidade para mim, que abalou muito meu coração, dói muito para mim vir aqui falar que nós procuramos nossos direitos e nunca chegamos ao ponto de resolver nosso problema.
Os guarani-caiouás somos atacados pela Polícia Militar, Força Nacional, Polícia Federal, que deveria estar ao lado dos indígenas, eles que conhecem a centralização dos indígenas, desde o início quando os portugueses entraram no Brasil.
É minha indignação que sofremos ataques. Deixei minha família em uma casa de lona, não temos saúde, transporte para hospital, procuramos buscar recursos, precisamos de água, luz, casas melhores, educação, ao invés de ajudar, nós metem bala! Queimam casa, nos atropelam com caminhonetes, e tudo isso.
Vários dos meus companheiros morreram por causa da Simone Tebet, ela é nossa inimiga!
Me candidatei não para me orgnulhar, para ser elogiado por todos, mas pela melhoria dos meus povos indígenas guaraní-caiouá, que estão sofrendo e buscam melhoria em várias partes e ninguém abre as portas, ninguém ajuda os guaraní-caiouá, muitos dizem que estão ajudando, sofremos falta dágua, sede, fome, não temos maquinário para trabalhar na nossa roça, tenho que carpir na enxada, sendo que há tratores.
Estou aqui para falar e denunciar o que estamos passando. Onde é que nós indígenas guaraní-caiuoá vamos parar com esses latifundiários, esses ataques dos fazendeiros na nossa família.
Minha esposa, os fazendeiros amanheceram dando tiros sobre nossa casa, cade o dinheiro do governo do Mato Grosso do Sul para poiar, defender, não para demarcar, mas para segurar esse massacre que estamos sofrendo no Mato Grosso do Sul? (aplausos intensos)
Assista ao discurso abaixo: