─ Sputnik News ─ O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse mais cedo nesta quarta-feira (2) que a delegação russa vai esperar as contrapartes ucranianas no final do dia em Belarus para iniciar a segunda rodada de negociações bilaterais.
Nesta quarta-feira (2), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, declarou que o Ocidente se recusou a cumprir as demandas da Rússia na construção da agenda de segurança europeia.
“A Rússia não permitirá que a Ucrânia adquira arsenais nucleares”, disse Lavrov que salientou ainda que terceira guerra mundial seria nuclear e destrutiva.
No tocante à situação na Ucrânia, em entrevista à Al Jazeera, Lavrov disse que Moscou está se preparando para a segunda rodada de negociações com Kiev, mas que o lado ucraniano está se arrastando a mando de Washington.
Ele também disse que “o povo ucraniano escolhe suas autoridades, mas essas devem representar todas as etnias da Ucrânia”.
“Estamos prontos para a segunda rodada de negociações, mas o lado ucraniano está ganhando tempo por ordem dos EUA”, destacou Lavrov.
Segundo o ministro, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a delegação russa vai esperar os negociadores ucranianos no local das negociações na noite de hoje.
Peskov confirmou anteriormente que o assessor presidencial Vladimir Medinsky continua sendo o principal negociador russo nas negociações da Rússia com a Ucrânia.
Enquanto o presidente norte-americano Joe Biden, em entrevista coletiva declarou que a Rússia estaria “isolada do mundo mais do que nunca“, o representante do Kremlin afirmou que o país “tem muitos amigos, e não dá para isolá-lo”.
Ainda segundo o ministro, a Rússia estava pronta para as sanções, mas não esperava que tais medidas fossem atingir atletas, jornalistas e representantes do setor cultural do país.
“O Ocidente se recusou a cumprir nossas exigências em relação à formação de uma nova arquitetura da segurança europeia.”
A Crimeia é parte da Federação da Rússia, isso é um fato que não pode ser disputado, ressaltou o ministro do Exterior.
A Rússia começou a operação militar especial de “desmilitarização e desnazificação” da Ucrânia, em 24 de fevereiro, por ordem do presidente Vladimir Putin, após ter reconhecido oficialmente a independência das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk. O passo da Rússia provocou uma onda de sanções dos países ocidentais contra Moscou em todos os setores.