O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, havia decidido há algumas semanas a retirada do piso salarial para os profissionais da enfermagem no país. Nada contentes com isso, os enfermeiros começam a realizar manifestações, protestos e até greves.
Nesta sexta-feira (15) foi finalizado o processo de votação da medida pelo STF, sendo a suspensão do piso aprovado por 7 votos a 3. Esse piso havia sido aprovado pelo Congresso, e estabelecia o salário de, no mínimo, R$ 4.750 para os enfermeiros. Técnicos em enfermagem deveriam receber 70% desse valor (R$ 3.325), e auxiliares de enfermagem e parteiros, 50% do valor total (R$ 2.375).
Além de Barroso, votaram pela suspensão os ministros Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Luiz Fux.
A justificativa para a suspensão é, nas palavras de Barroso, não existe um lugar estabelecido de onde viria essa dinheiro, e portanto a decisão seria descumprida. Ou seja, a lei não vai ser cumprida mesmo, então vamos descartá-la. É evidente que isso é uma desculpa esfarrapada e que, no fim das contas, os trabalhadores que ficam para trás nessa história.