Mesmo com toda a sabotagem por parte do rei careca Alexandre de Moraes, o PCO se lançou às ruas fazendo campanha pelo ex-presidente Lula e pelos candidatos do partido, e é importante a ordem aqui, em muitos sentidos a prioridade de nossa atividade eleitoral nas ruas tem sido uma campanha classista por Lula com nosso próprio programa e nossas reivindicações. Os militantes e simpatizantes do PCO têm realizado todos os dias diversas panfletagens pelo país todo, em saídas de metrô, em fábricas, jogos de futebol, etc. Além é claro dos diversos cartazes colados. Em meio às diversas atividades realizadas se notam algumas coisas: a desmobilização geral da esquerda, e que, nas ocasiões em que está mobilizada, não faz campanha por Lula, em nenhum sentido.
Ainda que a imagem do ex-presidente esteja presente em santinhos de alguns candidatos, frequentemente se trata de um golpe: convencer o transeunte desavisado que o tal farsante político é apoiado por Lula, e não o contrário. O fato é evidente pelo fato de que boa parte dos elementos da coligação se tratar de golpistas, ainda que muitos tenham uma aparência esquerdista para os ingênuos (olhando em especial para as diversas candidaturas identitárias financiadas por tudo que há de mais reacionário), que não apoiam o ex-presidente. Para a surpresa de ninguém, os materiais do PSOL, por exemplo, nada falam de Lula, sua foto não está presente nos adesivos dos candidatos e etc. Trata-se de uma evidente sabotagem de sua candidatura. Qual o sentido de o partido integrar a coligação de Lula se não fará campanha por ele? É evidente que a decisão, que na época gerou grandes conflitos entre as diversas correntes presentes no PSOL, é meramente nominal para boa parte da militância do partido que realiza a campanha de rua, ou seja, uma parte significativa dos militantes do PSOL que realizam as atividades de rua são hostis a Lula.
Se tratamos dos elementos mais direitistas como os candidatos do PCdoB e PSB, ou dos partidos de direita da coligação, as pessoas fazendo a campanha nem são militantes, trata-se dos clássicos contratados que normalmente nada sabem do candidato para o qual trabalham. Novamente procuram se apoiar em Lula e não o apoiar. Fica evidente que se a maré virar e a vitória do ex-presidente não for mais “garantida”, os ratos o abandonarão e nada farão para mobilizar as massas acerca de sua candidatura. Por outro lado, em nossos materiais, Lula sempre se encontra em maior destaque e temos inclusive materiais que só falam do ex-presidente. A razão é simples, não estamos em busca de cargos e de “subir na vida”, mas sim de espalhar o programa revolucionário do PCO e defender os interesses da classe operária, que no momento incluem a eleição de Lula.
Tudo indica que essa campanha não será um passeio no parque, muito pelo contrário. Bolsonaro tem demonstrado muita força em diversos momentos, como, por exemplo, nas gigantescas manifestações no bicentenário da Independência. A campanha anti-Lula vai a todo vapor nos veículos mais conservadores como o Estado de São Paulo e a revista Veja. As manobras para fazer a terceira via alçar voo na Rede Globo e companhia também estão a mil quilômetros por hora. Com uma campanha de rua murcha como essa, as condições para uma grande derrota estão dadas, não será na imprensa corporativa que virá a vitória de Lula!