Nesse domingo (12), centenas de militantes e ativistas de todo o Brasil se deslocaram para São Paulo, onde, no coração da cidade mais importante do País, realizaram um grande ato nacional por Fora Bolsonaro e Lula Presidente.
Foram caravanas de ônibus de vans de diversos estados do Nordeste, Centro-Oeste, Sul, Sudeste e também do interior de São Paulo, lotadas de aguerridos ativistas dispostos a dar seu sangue na luta por um governo dos trabalhadores.
No início da tarde, os militantes do Partido da Causa Operária (PCO) já se aglomeravam na Avenida Paulista, fechada para carros até às 16h por lei municipal. Estenderam suas bandeiras, faixas, encheram o grande balão do PCO e montaram as banquinhas da loja do Partido.
Companheiros do PT, da CUT e de outras organizações se juntaram aos militantes do PCO, levando também as faixas e bandeiras vermelhas, muitas das quais representavam os inúmeros coletivos Lula Livre espalhados pelo País.
Chegaram, ainda, membros da Frente Nacional de Lutas (FNL), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da Frente Internacionalista dos Sem Teto (FIST), do Movimento Popular por Moradia (MPM), dos Comitês de Luta, da Associação dos Professores da Rede Pública do Estado de São Paulo (Apeoesp), além de sindicalistas dos Correios, metalúrgicos, coletivos de mulheres, de negros e de artistas.
Estiveram presentes, como sempre, os militantes do Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo, do Coletivo de Negros João Cândido, do Grupo por uma Arte Revolucionária Independente, da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR), da Corrente Sindical Nacional Causa Operária, do Educadores em Luta, Ecetistas em Luta e demais coletivos do PCO, bem como a poderosa Bateria Popular Zumbi dos Palmares, que deu o tom alegre e combativo da manifestação.
Os discursos no carro de som ─ aberto de maneira democrática a todos que quiseram tomar a palavra ─ refletiram o ânimo dos manifestantes. O companheiro André Constantine, militante de base do PT e do movimento de moradores de favelas, do Rio de Janeiro, denunciou a Polícia Militar fascista e clamou pela sua dissolução.
A companheira Nilsa Ramos, também da base do PT e dirigente do Comitê Lula Livre de Pontal do Paraná (PR), agitou a massa de manifestantes com os gritos de “Lula sim, Alckmin não”, expressando a total insatisfação popular com a possibilidade de uma chapa entre Lula e Geraldo Alckmin (PSDB) para as eleições de 2022.
Repórteres do Diário Causa Operária ouviram alguns dos presentes no ato, militantes do PT ou sem partido, eleitores de Lula, e praticamente todos declararam repúdio ao tucano golpista e afirmaram a necessidade de lutar por uma chapa popular, da classe trabalhadora da cidade e do campo, que não faça nenhuma concessão à direita golpista.
Semelhante posição foi adotada pelo companheiro Antônio Carlos Silva, da direção nacional do PCO. Em sua fala, ele saudou os dirigentes da Apeoesp, maior sindicato de toda a América Latina, por aderirem oficialmente à mobilização. Ainda enfatizou o rechaço popular a Alckmin e a toda a direita golpista.
Em uma das últimas intervenções, devido ao início de uma forte chuva e ao horário ─ pois a PM iria abrir novamente a Avenida Paulista às 16h ─, o presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, demonstrou a satisfação do Partido com esse ato e adiantou que 2022 irá começar com mais mobilização.
“Nós não vamos sair da rua. No comecinho do ano nós vamos fazer plenárias estaduais e depois vamos fazer plenárias municipais, nós vamos montar os comitês de luta pela candidatura de Lula e luta contra o golpe de Estado de 2016 que continua, como os companheiros falaram aqui”, disse. “Nós vamos estar em todos os lugares, levando um programa de reivindicações”, completou o líder revolucionário.
E assim será: o PCO, junto aos aguerridos companheiros que representaram a vontade da esmagadora maioria da população, companheiros de vanguarda da luta dos trabalhadores, não irá descansar. O ano de 2022 será de muita luta e da construção de um gigantesco e poderoso movimento popular pela candidatura de Lula. Porque não está em jogo apenas a vitória nas eleições, mas também a politização radical dos trabalhadores, a formação de um forte e grande setor revolucionário dentro da esquerda brasileira, que lutará pela estruturação de um governo operário e pela derrubada do atual regime.