No dia 11 de agosto estão sendo chamados em todo o país atos públicos “em defesa da Democracia”.
As manifestações, que são encabeçadas pelos maiores inimigos do povo brasileiro como a Febraban e a Fiesp, ganharam a vergonhosa adesão das entidades de esquerda que compõem o comitê oficial da campanha Fora Bolsonaro.
Esse comitê, formado por entidades como a UNE, está desde o inicio das manifestações pelo Fora Bolsonaro no ano passado tentando viabilizar a frente ampla da esquerda com os partidos de direita. Agora ,após um longo jejum devido a derrota dessa iniciativa, voltam a prestar o seu apoio aos inimigos dos trabalhadores.
A “defesa da democracia” propagada nas cartas que estão circulando pela internet, e em torno das quais se darão os atos do dia 11, nada mais são do que a defesa da ditadura do TSE, que não permite questionamento algum sobre a possibilidade de fraude eleitoral por meio das urnas eletrônicas, bem como da ditadura do STF, tribunal que viabilizou a vitória fraudulenta de Jair Bolsonaro em 2018 e que agora quer se passar por grande inimigo do presidente ilegítimo.
Não interessa ao povo brasileiro a defesa das urnas eletrônicas ou das instituições golpistas como STF e TSE. Essa iniciativa é de interesse, isso sim, da burguesia e do seu candidato favorito, a chamada terceira via que hoje é encabeçada pela inimiga das mulheres e dos trabalhadores, a senadora e latifundiária do Mato Grosso do Sul Simone Tebet.
A terceira via não tem prestígio algum perante o povo brasileiro. Portanto, para que sua candidatura tenha alguma viabilidade, é preciso contar com as manobras golpistas dessas instituições. Por isso a urgência da burguesia em mobilizar a defesa delas e a proibição de qualquer questionamento que ponha em cheque a sua credibilidade.
Ao povo brasileiro e às instituições de esquerda, não cabe endossar a política que está sendo preparada para o dia 11, pois é a política feita para justificar todos aqueles que, em 2016, rasgaram os votos de mais de cinquenta milhões de brasileiros e colocaram em marcha um projeto de massacre contra a classe trabalhadora no País com o impeachment de Dilma.
Os partidos e movimentos sociais de esquerda, nesse momento, devem usar toda essa energia de mobilização para colocar o povo nas ruas em defesa da candidatura de Lula, a única capaz de levar para frente os projetos que interessam aos trabalhadores.
Estamos em um período extremamente favorável para que as forças populares possam ser mobilizadas em favor dos seus objetivos. A candidatura de Lula é uma arma poderosíssima para estimular a mobilização popular e é por meio dela que devemos agir.
Os golpistas de 2016 ainda são golpistas e vão tentar impedir que Lula seja eleito, a melhor forma de impedir isso é que estejamos na rua deixando claro o tamanho do apoio massivo que Lula tem. Nesse sentido, é preciso colocar os votos do Lula não apenas nas urnas, mas também, e principalmente, nas ruas.