A burguesia não tem como garantir que Lula não vença as eleições, por isso tem buscado colocar todo tipo de lixo tóxico para atar as mãos, ou ao menos dificultar a vida, de um possível governo.
O vice na chapa de Lula, por exemplo, dispensa apresentações, Geraldo Alckmin, do PSB, mas um tucano de alma, foi governador de São Paulo e é simplesmente odiado pela classe trabalhadora, especialmente dos professores, que apanharam muito da tropa de choque que o ex-governador não cansava de atiçar contra o professorado.
A novidade agora é a ‘adesão’ de Marina Silva, a defensora oficial do meio ambiente, pelo menos na boca da grande imprensa.
Essa senhora foi do PT mas deixou partido para se filiar ao Patido Verde (PV), uma colcha de retalhos superdireitista que já teve/tem em seus quadros ninguém menos que Fernando Gabeira, um boneco de ventríloquo da Rede Globo. Hoje, Marina Silva pertence ao Rede de Sustentabilidade, uma espécie de sucursal do Itaú na política.
Como senadora, Marina Silva foi a favor do impeachment de Dilma Rousseff, ou seja, uma golpista. Mas, o golpismo está em seu DNA, uma vez que tem relações com a Open Society, fundação do George Soros, um bilionário especializado em dar golpes pelo mundo. Soros está ligado ao financiamento de nazistas que deram o golpe na Ucrânia. Os nazistas ucranianos mataram, oficialmente, quinze mil civis na região do Donbass, a população loca alega que o número é muito maior. Soros também é conhecido por golpes financeiros contra a Inglaterra, contra a Tailândia. A ficha corrido desse sujeito é gigantesca.
Sabotadores
Muitos que agora se aproximam de Lula, em um passado recente, estiveram contra sua candidatura. Nas manifestações do Fora, Bolsonaro, em 2021, setores como PCdoB e PSOL tentaram impedir que se levantasse a palavra de ordem Lula Presidente, todo o esforço desses partidos era pela formação de uma frente ampla, amplíssima, com todos aqueles que estivessem dispostos a ‘lutar contra o fascismo (Bolsonaro’, o que incluía políticos do recém-inventado ‘campo democrático’, composto por golpistas arrependidos da direita.
A frente ampla, na verdade, era uma campanha velada para a viabilização do candidato da terceira via, à época representado por João Doria. Políticos de direita foram convidados para os atos, mas foram todos expulsos pela militância de esquerda, formada pela base mais combativa do PT e pelo bloco vermelho. Aos poucos, com muita má vontade, esses setores mais direitistas foram aderindo à candidatura de Lula e logo trataram de se aproximar da coordenação da campanha.
Marina Silva foi a última aquisição, mas é bom que ninguém tenha a ilusão de que sua presença trará ganhos para Lula, antes o contrário. Os mais otimistas, e oportunistas, analistas da esquerda dizem que ela é evangélica e isso trará votos. Ledo engano, sua presença é mais um cavalo de Troia na chapa de Lula.
Discurso imperialista
O tempo todo, o que ouvimos de Marina Silva são coisas do tipo ‘agenda socioambiental’, ‘país mais sustentável’; tudo isso não passa de uma política do imperialismo para impedir que o Brasil desenvolva a Região Amazônica, pois pretende se apoderar dessa parte do nosso território.
O apoio de Marina Silva, segundo noticiaram, envolve a criação de uma ‘Autoridade Climática’. Ora, o País já tem uma presidência, um Congresso. Para que serviria uma Autoridade Climática? No mínimo isso soa estranho. Seria uma maneira de retirar parte do poder do Estado sobre o próprio território. O imperialismo não ataca de uma vez a Amazônia, faz o que se chama de aproximações sucessivas, vai ganhando terreno aos poucos. Atualmente, existem cerca de 10 mil ONGs atuando na região.
A pressão para que haja ‘sustentabilidade’ é mais uma maneira para se oprimir os países atrasados. Os países ricos, o imperialismo, não movem um dedo em direção a nenhuma agenda socioambiental, energias verdes, nem nada. Praticamente toda produção de energia na Europa depende da queima de combustíveis fósseis, seja petróleo ou gás natural, notadamente importado da Rússia.
Alguém poderia se perguntar: se os países desenvolvidos nada fazem para utilizar energias renováveis, por que se fala tanto do assunto? É simples, é uma maneira de oprimir ainda mais as economias atrasadas, cobram um procedimento, que não pode ser cumprido e isso acaba sendo utilizado para sancionar esses países. No caso da Amazônia, estão dizendo que se trata de ‘pulmão do mundo’.
O imperialismo está sedento pelas incalculáveis riquezas que estão acima e abaixo do solo amazônico. É uma fortuna incalculável em ouro, urânio, petróleo, gás natural, lítio etc. Por isso é que se financiam Marinas Silva pelo mundo afora, para que lutem pela ‘segurança climática’ e outras patacoadas com cara de sustentável.
Derrotar o fascismo
Durante as manifestações de 2021, o que mais se ouviu foi que era preciso “derrotar o fascismo” e que a melhor de fazer isso seria vencendo as eleições ainda no primeiro. Para cumprir uma tarefa tão complicada: a de vencer o fascismo e ainda no primeiro turno, estava óbvio, pelo menos para os formuladores dessa proposta, que seria preciso unir todas as forças. Era a desculpa para a formação a frente ampla.
A frente ampla foi derrotada nas ruas, porém, com a desmobilização proposital dos atos foi possível costurar os acordos por cima. No final das contas, contra a vontade popular, a frente ampla acabou sendo formada.
Olhando o panorama, o que se consolidou foi justamente a formação não de uma frente para conquistar votos, mas de um catadão de golpistas e sabotadores que só atrapalham a candidatura de Lula.
Não existe ganho com uma Marina Silva como aliada, é perda na certa. Ela não está somando, é mais uma pedra que o grande capital coloca para um possível governo Lula carregar. Se for eleito, essa emissária de George Soros vai cobrar do PT a tal Autoridade Climática, que tirará poderes da União sobre a Região Amazônica.
O que estamos vendo é George Soros entrando na campanha, coisa boa não pode vir daí e é preciso denunciar desde já.
O PT precisa se livrar desses sanguessugas, é somente o povo quem vai levar adiante a candidatura Lula e a única maneira de levá-lo à vitória.