A esquerda brasileira tem estado a reboque dos EUA, portanto do imperialismo, há muito tempo. De modo geral, podemos destacar o pacifismo quase infantil que toma conta dos discursos. Ninguém quer ouvir falar em armamento da população, mas quem nos defende do Estado? Ninguém quer ouvir falar em bomba atômica. Seria ótimo se não existissem armas atômicas, mas elas existem e são importantíssimas para defender o país contra invasores que, convenhamos, estão logo ali.
A defesa do meio ambiente é outro tema que boa parte da esquerda cai feito patinho. Os grandes países imperialistas vivem falando de ‘mudanças climáticas’ e o tempo todo se ouve sobre isso na grande imprensa. Toda hora está ocorrendo uma conferência, um encontro, uma cúpula, um não sei o quê sobre as mudanças climáticas. E, pasmem, tudo aponta para a Amazônia.
As grandes potências estão realmente preocupadas com o meio ambiente e o clima? Perfeito, comecem a recuperar a natureza que destruíram nos próprios territórios, deixem que a Amazônia a gente cuida. Se o clima ameaça a humanidade, os primeiros culpados são os países imperialistas, e são os últimos a ter qualquer direito de opinar sobre o assunto, pois já provaram que são totalmente incompetentes para gerir recursos naturais.
Matriz energética
Outro assunto que vem na esteira das ‘mudanças climáticas’ é a tal da mudança da matriz energética para o uso de ‘energias verdes’. A demagogia nesse tema é enorme. Para começar, o uso das energias solar, ou eólica, podem entrar como componentes de um sistema já existente, ou seja, complementar, nunca substitutas, não nos dias atuais. Uma prova de que nem o imperialismo acredita nisso, é que, com o conflito na Ucrânia e desabastecimento do gás e petróleo russos, toda a Europa deixou bem claro que produz sua energia a partir da queima de combustíveis fósseis.
Os tais ‘carros elétricos’, para começar, são caríssimos. Na Europa, para recarregar as baterias desses carros será necessário utilizar energia elétrica produzida pela queima de combustíveis fósseis! Sem falar no descarte das baterias após seu desgaste. Não deve ser nada ‘ecológico’.
Porém, a esquerda não critica, aceita essa onda de ‘mudança climática’ e ‘energia verde’ sem olhar para a realidade, sem questionar se as grandes potências estão realmente investindo em preservação e em energias alternativas. Não, não estão fazendo nada além de demagogia.
Internacionalizar a Amazônia
Com a desculpada das ‘pautas climáticas’, o que imperialismo está fazendo é criar condições favoráveis para que todos aceitemos que a Amazônia, mais da metade do território brasileiro, fique sob uma jurisdição internacional. A própria Marina Silva, uma esquerda Itaú, se aproximou da candidatura Lula dizendo que seu apoio está condicionado à criação de uma Autoridade Climática no governo. Ou seja, quer criar um poder paralelo na Amazônia para gradualmente passá-la para o controle do imperialismo e para o sistema financeiro.
Gustavo Petro, presidente recém-eleito da Colômbia e etiquetado como sendo de esquerda, embora não o seja, já está propondo que o exército dos EUA defenda a Amazônia colombiana das queimadas… interessante, acabamos de descobrir que o exército ianque é formado por bombeiros. O exército americano é tão competente que, apesar das sete bases militares (conhecidas) no país vizinho para combater o narcotráfico, a produção de drogas nunca foi tão alta. Precisamos investigar para vermos se são mesmo bases militares ou laboratórios de refino de coca.
A igrejinha da esquerda
Outro comportamento da esquerda é o religioso. Basta qualquer marginal político se dizer arrependido de seus crimes do passado, prometer se comportar e rezar três ave marias e está tudo certo. Não se fala mais nisso, somos todos paz e amor. A lista de delinquentes é quase interminável. Reinaldo Azevedo, o jornalista tucano que inaugurou o tal ‘discurso de ódio’ no Brasil, que perseguiu implacavelmente Lula e Dilma, que criou os termos ‘petralha’, ‘esquerdopata’; esse sujeito que destilava seu veneno para milhões de pessoas diariamente na grande imprensa, como a revista Veja, se tornou o queridinho, não lhe faltam convites para dar entrevistas e palpites sobre política. É uma vergonha!
Gabriel Boric é outro. Foi festa na esquerda a vitória eleitoral de um indivíduo que criticava Venezuela, Cuba, Nicarágua. Um sujeito que desviou do assunto de libertar os presos políticos das manifestações contra o governo criminoso de Piñera e até agora não fez nada para tirar essas pessoas da prisão.
Gustavo Petro, que mesmo com boa vontade não poderia ser classificado como esquerda, apesar de ter sido, já mostrou suas garrinhas, como vimos acima, fazendo o jogo do imperialismo, é um governo no bolso do grande capital.
Alberto Fernández, presidente da Argentina, e homem de confiança dos banqueiros, foi comemorado como sendo de esquerda. Sua gestão está mostrando o quanto é de ‘esquerda’, pois o que mais tem feito é penalizar a população trabalhadora.
O pior caso, sem dúvida, é o de Joe Biden. Bastou esse criminoso colocar uma mulher negra na vice-presidência, uma pessoa trans não sei onde, um índio em alguma secretaria e pronto. A esquerda brasileira nem dormia com medo de o sujeito perder a eleição para Donald Trump. O resultado é que o mundo está à beira de uma guerra mundial. Rússia e China estão sendo provocados de maneira aguda. Além dos gastos estratosféricos com armas enquanto a população pobre continua pagando o pato nos EUA.
Barrar o imperialismo
Não se pode barrar o imperialismo sem uma política independente. Boa parte da esquerda tem recebido financiamento de fundações imperialistas que, muitas das vezes, não passam de fachada da CIA. É uma enormidade de ONGs que vivem desse dinheiro que só pode ter o propósito de domesticar a esquerda. Ou será que o grande capital é tão obtuso que financiaria grupos que de fato pudessem prejudicá-lo.
Por isso, não adianta se iludir com indígenas de cocar se estão recebendo dinheiro de banqueiros e do imperialismo. Muitos dos detratores da nossa história são pessoas que fizeram parte da formação acadêmica fora do país e se encantaram com o império. É preciso bater de frente com essa gente.
Enquanto a esquerda não se desvencilhar dessa subserviência ao grande capital e deixar de lado esse moralismo religioso que a impede de combater os infiltrados, continuará a acumular derrotas.
A esquerda tem que lutar contra o imperialismo, defender os países por ele atacados, como Cuba, Venezuela, Afeganistão, Nicarágua, Palestina, Rússia etc. Temos que defender a soberania nacional, o direito de os povos se armarem contra os ataques do capital. Ainda que possamos divergir de certos aspectos do Talibã, por exemplo, no essencial, que é a luta contra o imperialismo, temos que estar juntos. E é preciso comemorar a vitória desse grupo contra os invasores e não lamentar, como fez a esquerda domesticada. É necessário expulsar essas ONGs infiltradas no nosso meio, só na Amazônia já são mais de dez mil atuando, ensinando inglês para os nossos indígenas, impedindo qualquer desenvolvimento na região e fazendo o jogo do grande capital.