Nos dias 11, 12, 13 e 14 aconteceu o XI Congresso do PCO na Academia Paulista de Letras na cidade de São Paulo. Centenas de militantes e filiados do Partido vieram de todas as regiões do país e até mesmo do exterior para realizar a mais importante atividade dos partidos operários. O Congresso tem o poder de deliberação de tudo, até mesmo de alterar o estatuto do Partido e vota a sua direção, é lá que a militância de base define os rumos da organização, ou seja, onde os trabalhadores de fato tomam as rédeas, rumo à construção do partido revolucionário encarregado de conduzir a luta pelo socialismo.
O Congresso não foi uma reunião de políticos profissionais, de parlamentares e assessores, ou de quaisquer burocratas. Foram centenas de trabalhadores das mais diversas categorias, metalúrgicos, carteiros, bancários, trabalhadores sem-terra e sem teto, indígenas. Ainda mais importante, foram militantes, o setor mais ativo de cada um desses setores que leva adiante a sua luta contra os patrões, os capitalistas e os latifundiários. São essas as pessoas que se uniram em São Paulo para construir um partido operário e revolucionário.
O Congresso também não foi um comício, nem uma palestra. Foram 4 dias de um amplo debate onde todos puderam falar, todos puderam sugerir alterações na análise política do partido, em suas atividades, em sua direção e até mesmo em seu programa. Não houve sequer uma pessoa que deseja falar que não foi ouvida, até mesmo os observadores tiveram o direito de fazer as sugestões, sendo a única diferença para os delegados (militantes e filiados do PCO eleitos nas Conferências estaduais) que estes tinham o direito de voto.
🚩⚙️ EMOCIONANTE ⚙️🚩: militantes do @mpco29 cantam a plenos pulmões "A Internacional" no encerramento do XI Congresso do Partido da Causa Operária pic.twitter.com/JGiHMNG0JB
— DCO – Diário Causa Operária (@DiarioDCO) August 15, 2022
Além disso não houve nenhum financiamento nem intervenção da burguesia nacional ou do imperialismo. A organização do Congresso se deu toda por meio do trabalho da militância, que convocou os companheiros, levantou o dinheiro por meio de contribuições, organizou as caravanas do Rio Grande do Sul até o estado do Amapá. Ao contrário dos outros partidos da esquerda, o Congresso do PCO não teve sequer um centavo de George Soros, da Fundação Ford, de ONGs ou de alguma organização imperialista. Estas todas na verdade foram denunciadas pelo que são: os inimigos dos trabalhadores brasileiros.
O PCO também é conhecido pela defesa do governo dos trabalhadores, isso ficou claro durante o Congresso. Os candidatos do Partido para governar 15 estados do Brasil são todos trabalhadores da cidade e do campo e militantes de diversas áreas. Desde indígenas que lutam contra os latifundiários, passando pelos militantes sem teto que lutam contra a especulação imobiliária até os operários que lutam contra a opressão dos capitalistas. O PCO não é um partido demagogo, os trabalhadores são sua base até mesmo durante o processe eleitoral.
E por fim, como resultado dessas características do Congresso, as deliberações não poderiam deixar de ser outras. A formação de uma frente anti-imperialista para derrotar o maior inimigo da classe operária internacional, a luta por salário, trabalho e terra, por Lula presidente, por um governo dos trabalhadores, pelo fim da polícia, pelo fim do latifúndio, dentre muitas outras reivindicações dos oprimidos. E acima de tudo a luta pelo socialismo.