Representatividade, sororidade, empatia — são todos elementos propagandeados pela esquerda pequeno-burguesa para afundar uma luta real de fato, e aplicar, em vez disso, uma política demagógica e longe dos interesses do povo. Uma índia é eleita para deputada estadual e pronto: todos os desejos são atendidos, todos os problemas são resolvidos e o mundo indígena agora é outro — só que não.
Uma das expoentes mais fortes dessa política atualmente é a candidata a deputada federal pelo PSOL, Sônia Guajajara, que faz toda uma demagogia em cima da questão do índio, falando de políticas de afirmação e, na prática, não atendendo aos apelos da minoria a qual ela diz fazer parte.
Guajajara, no fim das contas, é uma índia gourmet — sua campanha eleitoral recebeu fundos de pessoas ligadas ao Banco Itaú, e boa parte de sua fama foi propagandeada no exterior. Um exemplo disso foi sua nomeação para a categoria de 100 pessoas mais influentes do mundo da revista Time. Outro exemplo é que Guajajara é embaixadora da Washington Brazil Office, ONG norte-americana que se diz interessada em ajudar o Brasil, sobretudo nas questões ambientais.
E não para por aí! Guajajara também participou da COP 26, evento imperialista que diz se preocupar com o clima, mas é apenas uma forma de demagogia para que se diga que existe alguma atitude sendo tomada em relação ao meio ambiente. Lá, ela se encontrou com o então príncipe Charles, hoje Rei Charles III da Inglaterra, que, na época, em conjunto com outros países, prometeu doar US$1,7 bilhão, quase R$9 bilhões no câmbio atual, para os povos indígenas.
Além de agente do imperialismo, Guajajara também é uma difamadora nata de seu próprio país. Na prática, a índia defende a entrega da Amazônia para o imperialismo e ainda ataca a história nacional, como fez no 7 de setembro ao “dar uma banana” para D. Pedro II, sendo que na verdade provavelmente estava procurando D. Pedro I para tal ofensa sem sentido. Guajajara também tem a famosa posição de ser contra a construção da usina de Belo Monte, campanha que foi utilizada na época do governo Dilma como uma propaganda contra o PT, além de, na prática, ser um ataque ao desenvolvimento nacional.
Por outro lado, existem indígenas no Brasil que são reais, que têm problemas concretos, que têm uma ligação com os trabalhadores e camponeses, e que possuem uma verdadeira sede de luta. É o caso, por exemplo, do companheiro Magno Souza, do Mato Grosso do Sul.
Magno, atualmente candidato a governador do estado pelo PCO, já demonstrou diversas vezes que representa o interesse dos índios no Brasil. Magno constantemente afirma que os índios querem infraestrutura, querem escolas, querem máquinas para trabalhar e, sobretudo, querem o fim do latifúndio e da violência contra seu povo.
Enquanto Guajajara é bajulada pela imprensa, pela pequena burguesia e pelo imperialismo, Magno é completamente marginalizado. A Justiça inclusive tentou indeferir sua candidatura ilegalmente, assim como já teve que passar por situações humilhantes em entrevistas com repórteres da imprensa capitalista, que caçoam de Magno pela sua baixa escolaridade e pela situação precária de sua vida e de seus companheiros.
Guajajara, em suma, vive falando de coisas abstratas, que nada influenciam na vida do índio, enquanto Magno tenta com toda sua força, mesmo sendo censurado e reprimido, denunciar a situação sua e do seu povo no Brasil. Por mais Magno Souza, e menos Sônia Guajajara.